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Até 2020, espera-se que pelo menos 50% da energia do país venha dos ventos
Ana Luísa Fernandes e Tiago Jokura - Superinteressante - 26/01/2016
O mais impressionante é que, durante 60 dias do ano, algumas regiões do oeste do país foram capazes de produzir mais energia éolica do que conseguiam consumir. Em um dia de julho, com rajadas particularmente fortes, a Dinamarca produziu 140% da sua demanda elétrica só com as turbinas eólicas. O excesso de energia foi vendido para a Alemanha, Noruega e Suécia. No dia 2 de setembro, o país operou com todas as centrais de energia desligadas, usando energia eólica, de painéis solares e de outras fontes renováveis, importadas dos vizinhos.
Tudo isso foi realizado enquanto duas de suas principais fazendas eólicas estavam desligadas, devido a problemas técnicos. Se elas estivessem funcionando, o número total poderia pular de 42% para 43,5%.
"Esperamos que a Dinamarca sirva como exemplo para outros países, mostrando que é possível ter políticas verdes ambiciosas, com alta proporção de energia eólica e outras fontes renováveis, e ainda ter alta segurança de abastecimento e preços competitivos em eletricidade.", disse o ministro da energia do país, Lars Christian Lilleholt.
Mas isso não quer dizer que todas as casas dinamarquesas foram abastecidas com energia eólica. A energia produzida é trocada e vendida entre os países: Alemanha, Suécia e Noruega compram da Dinamarca, que compra de volta energia nuclear da Suécia, solar da Alemanha e hidrelétrica da Noruega. Esse sistema permite que o país tenha mais segurança enegética durante dia e noite. Confiar em uma só fonte é arriscado.
Além disso, a distribuição das turbinas é desigual, com a maioria localizada no oeste dinamarquês. Isso não tira o mérito do país, que está cada vez mais próximo de atingir a meta de produzir 50% de toda a sua energia com a força dos ventos.
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