Divulgação Científica
O estudo “Living near major roads and the incidence of dementia, Parkinson's disease, and multiple sclerosis: a population-based cohort study”, desenvolvido por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá, indica que até 11% dos casos de doenças mentais em pessoas que moram a 50 metros ou menos de uma grande via podem ser consequência da proximidade com o trânsito intenso.
Quase 50 milhões de pessoas no mundo têm demência. No entanto, as causas desse mal, que afeta a memória e a capacidade mental do indivíduo, ainda não são bem compreendidas. Os pesquisadores, que monitoraram dois milhões de pessoas no Canadá ao longo de 11 anos, afirmam que a poluição e o ruído podem contribuir para esse tipo de degeneração.
Hong Chen, um dos autores do estudo, afirmou em entrevista à BBC que "o crescimento da população e a urbanização levaram muitas pessoas a morarem próximas de locais com trânsito intenso". Assim, segundo ele, “junto com o aumento dos índices de demência, isso aponta para que mesmo um efeito modesto da exposição a vias próximas pode representar um risco à saúde pública". Todavia, Hong Chen reconhece que são necessárias mais pesquisas para estabelecer a ligação e os impactos de diferentes aspectos do trânsito.
Tom Dening, diretor do Centro para Demência da Universidade de Nottingham (Reino Unido), disse que os resultados são "interessantes e instigantes": “é plausível que a poluição no ar gerada pela fumaça de motores possa contribuir para uma patologia cerebral e, com o tempo, elevar o risco do desenvolvimento de demência. Essas evidências contribuem para deixar em alerta quem mora perto de um local com tráfego intenso".
Os especialistas apontam que o melhor a fazer para reduzir o risco é cultivar hábitos saudáveis para o corpo, como não fumar, fazer exercícios e ter uma boa alimentação.
Com informações da BBC Brasil
*Dados extraídos do JCR 2015 em 06/01/2017
Alice Oliveira dos Santos
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