quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Exército e Ibama destroem balsas de garimpo no Amazonas


Por Vandré Fonseca
Quatro balsas de garimpo foram destruídas na ação. Foto: Divulgação.
Quatro balsas de garimpo foram destruídas na ação. Foto: Divulgação.


Manaus, AM -- Quatro balsas de garimpo foram destruídas e uma apreendida em uma operação conjunta entre o Exército Brasileiro e o Ibama, no Rio Jandiatuba, em São Paulo de Olivença (AM), a 988 quilômetros de Manaus, na região de fronteira com a Colômbia. Nenhuma delas tinha autorização para extrair ouro na região.


A ação ocorreu entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro. A informação só foi divulgada nesta quarta-feira, pelo Ministério Público Federal, que recomendou a destruição das embarcações.


Durante um sobrevoo antes da operação, haviam sido encontradas 16 balsas de garimpo ao longo do rio. Porém, não foi possível abordar todas devido a dificuldades para navegação.
De acordo com Alexandre Aparizi, procurador da República que acompanhou a operação, a medida foi tomada devido a dificuldades logísticas. Ele explica que manter a balsa nas mãos do proprietário, como fiel depositário, não garantiria que elas permanecessem inativas.
Balsas pegando fogo após ação do Exército e do Ibama. Foto: Divulgação.
Balsas pegando fogo após ação do Exército e do Ibama. Foto: Divulgação.


“Ali não tinha outra ação com a mesma eficácia, porque qualquer outra iniciativa permitiria que a atividade ilegal fosse mantida”, afirmou por telefone o procurador da República. Cada draga custa aproximadamente R$ 1 milhão, segundo Aparizi.


Afluente do Solimões, o Rio Jandiatuba nasce dentro da Terra Indígena Vale do Javari e passa por outras três TIs, Sururuá (ainda não homologada), Tikuna Feijoal e Nova Esperança do Jandiatuba. Além do mercúrio usado nas balsas, Alexandre Aparizi destaca que a presença de garimpeiros é também um risco à saúde dos índios.


“Lá existem índios isolados ou de recente contato, que não têm o sistema imunológico como o nosso e podem sofrer com doenças levadas pelos garimpeiros”, afirma o Alexandre Aparizi.

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