- quarta-feira, 06 setembro 2017 23:14
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A ação ocorreu entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro. A informação só foi divulgada nesta quarta-feira, pelo Ministério Público Federal, que recomendou a destruição das embarcações.
Durante um sobrevoo antes da operação, haviam sido encontradas 16 balsas de garimpo ao longo do rio. Porém, não foi possível abordar todas devido a dificuldades para navegação.
De acordo com Alexandre Aparizi, procurador da República que acompanhou a operação, a medida foi tomada devido a dificuldades logísticas. Ele explica que manter a balsa nas mãos do proprietário, como fiel depositário, não garantiria que elas permanecessem inativas.
“Ali não tinha outra ação com a mesma eficácia, porque qualquer outra iniciativa permitiria que a atividade ilegal fosse mantida”, afirmou por telefone o procurador da República. Cada draga custa aproximadamente R$ 1 milhão, segundo Aparizi.
Afluente do Solimões, o Rio Jandiatuba nasce dentro da Terra Indígena Vale do Javari e passa por outras três TIs, Sururuá (ainda não homologada), Tikuna Feijoal e Nova Esperança do Jandiatuba. Além do mercúrio usado nas balsas, Alexandre Aparizi destaca que a presença de garimpeiros é também um risco à saúde dos índios.
“Lá existem índios isolados ou de recente contato, que não têm o sistema imunológico como o nosso e podem sofrer com doenças levadas pelos garimpeiros”, afirma o Alexandre Aparizi.
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