Desmatamento na Amazônia em julho é 27% maior do que mesmo período do ano passado
Em uma (triste) tendência que se confirma mês a mês, em 2018, o desmatamento na Amazônia Legal, área que compreende nove estados brasileiros e corresponde a quase 60% do território nacional, só faz aumentar.
Segundo o boletim mensal do desmatamento da Amazônia Legal (SAD), elaborado pelo Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em julho de 2018 a derrubada de floresta foi 27% maior em comparação ao mesmo mês do ano passado.
No total, o SAD detectou 778 km2 de desmatamento na Amazônia. Neste mesmo período, em 2017, eram 544 km2.
De acordo com o boletim, os principais responsáveis pelo desmatamento foram Pará (37%), Amazonas (21%), Rondônia (20%), Mato Grosso (17%) e Acre (5%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 356 km2 em julho de 2018. No mesmo mês do ano passado, o índice era de apenas 46 km2. Assim como no desmatamento, o estado do Pará foi o principal culpado pela destruição: 95% da degradação se deu em solo paraense.
Os municípios que mais destruíram a floresta foram Lábrea (AM), Altamira (PA), Porto Velho (RO), São Félix do Xingu (PA) e Boca do Acre (AM).
Ainda segundo o relatório do Imazon, 62% do desmatamento registrado em julho último ocorreu em terras privadas ou “sob diversos estágios de posse”. O restante das áreas que teve corte raso de floresta aconteceu em assentamentos de reforma agrária (19%), Unidades de Conservação (15%), , e terras indígenas (4%).
Pelo gráfico abaixo, é possível notar como o índice de desmatamento na Amazônia, em áreas maiores ou iguais a 10 hectares, vem aumentando desde o começo do ano. Somente entre março e abril é que ele sofreu uma leve queda.
Como noticiamos aqui, neste outro post, em janeiro último, o avanço da soja, em áreas de desmatamento na Amazônia, é o maior em cinco anos. O plantio do grão em área devastada cresceu 27,5% em relação à safra anterior, segundo um relatório da Moratória da Soja.
Os alertas de desmatamento e degradação florestal realizados pelo Imazon são gerados pela plataforma Google Earth Engine (EE), com a utilização de imagens de satélites e mapas digitais. Todavia, os índices de deflorestamento da Amazônia publicados pelo instituto não são oficiais. O governo só leva em conta os dados elaborados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que frequentemente apresenta números diferentes aos do Imazon. A discrepância nos resultados se dá ao uso de metodologias distintas de avaliação.
Foto: Kate Evans/Cifor/Creative Commons/Flickr
Segundo o boletim mensal do desmatamento da Amazônia Legal (SAD), elaborado pelo Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em julho de 2018 a derrubada de floresta foi 27% maior em comparação ao mesmo mês do ano passado.
No total, o SAD detectou 778 km2 de desmatamento na Amazônia. Neste mesmo período, em 2017, eram 544 km2.
De acordo com o boletim, os principais responsáveis pelo desmatamento foram Pará (37%), Amazonas (21%), Rondônia (20%), Mato Grosso (17%) e Acre (5%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 356 km2 em julho de 2018. No mesmo mês do ano passado, o índice era de apenas 46 km2. Assim como no desmatamento, o estado do Pará foi o principal culpado pela destruição: 95% da degradação se deu em solo paraense.
Os municípios que mais destruíram a floresta foram Lábrea (AM), Altamira (PA), Porto Velho (RO), São Félix do Xingu (PA) e Boca do Acre (AM).
Ainda segundo o relatório do Imazon, 62% do desmatamento registrado em julho último ocorreu em terras privadas ou “sob diversos estágios de posse”. O restante das áreas que teve corte raso de floresta aconteceu em assentamentos de reforma agrária (19%), Unidades de Conservação (15%), , e terras indígenas (4%).
Pelo gráfico abaixo, é possível notar como o índice de desmatamento na Amazônia, em áreas maiores ou iguais a 10 hectares, vem aumentando desde o começo do ano. Somente entre março e abril é que ele sofreu uma leve queda.
Como noticiamos aqui, neste outro post, em janeiro último, o avanço da soja, em áreas de desmatamento na Amazônia, é o maior em cinco anos. O plantio do grão em área devastada cresceu 27,5% em relação à safra anterior, segundo um relatório da Moratória da Soja.
Os alertas de desmatamento e degradação florestal realizados pelo Imazon são gerados pela plataforma Google Earth Engine (EE), com a utilização de imagens de satélites e mapas digitais. Todavia, os índices de deflorestamento da Amazônia publicados pelo instituto não são oficiais. O governo só leva em conta os dados elaborados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que frequentemente apresenta números diferentes aos do Imazon. A discrepância nos resultados se dá ao uso de metodologias distintas de avaliação.
Foto: Kate Evans/Cifor/Creative Commons/Flickr
Jornalista,
já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo
da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007
e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para várias publicações
brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e
Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças
climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e
meio em Londres, acaba de mudar para os Estados Unidos
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