sábado, 13 de setembro de 2014

Economista não vê melhora econômica, apesar de dados positivos em julho-Correio Braziliense


Depois de dois meses em queda, indicador do BC visto como prévia do PIB avança 1,5% em julho, mês marcado pela estagnação

Publicação: 13/09/2014 08:41 Atualização: 13/09/2014 08:48



A maré de más notícias na área econômica é tamanha que até mesmo dados positivos não garantem otimismo. Exemplo disso foi a divulgação, ontem, do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que avançou 1,5% em julho, após dois meses seguidos em queda. O indicador é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que encolheu nos dois primeiros trimestres do ano, colocando o país em recessão técnica.
Para o economista Cláudio Porto, da Marcoplan, avanço da produção refletiu só a recomposição de estoques (Ed Alves/Esp. CB/D.A Press - 28/6/11)
Para o economista Cláudio Porto, da Marcoplan, avanço da produção refletiu só a recomposição de estoques


À primeira vista, o resultado de julho do IBC-BR soou um alívio diante das muitas turbulências na economia. Mas o histórico de recuos — nos meses de fevereiro, março, maio e junho — não dá espaço para comemorar, comentou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. “Crescer pouco em cima de nada não é algo que inspire confiança”, resumiu. Ele avaliou que a expansão de 1,5% apurada em julho só anulou o tombo de igual tamanho registrado no mês anterior e nem sequer tirou do vermelho o resultado trimestral (-0,9%).

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Com isso, “em dois meses, o crescimento econômico do país foi zero”. “Ainda pior do que isso é olhar para a frente e não ter certeza de melhora”, acrescentou. O analista teme que a melhora observada em julho, devendo se repetir em agosto, reflita apenas um momento de ajuste na produção, após meses seguidos de máquinas paradas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) podem confirmar a tese. Após quatro meses em declínio, a produção industrial voltou ao subir em julho.

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