Carlinhos Brown: banana para os clientes da CEF. |
A Caixa
Econômica Federal abriu os cofres ao corrupto André Vargas, enfim preso.
Esse é o banco que bloqueia conta-salário de quem tem alguma pendência
com a Receita Federal (assalariado, claro). Aconteceu com este
blogueiro, que, urgentemente, vai mudar de banco - privado, por favor. Como funcionário público (prof. aposentado), nem sequer posso sonegar, pois tudo é descontado na fonte. Mesmo
assim, como tantos outros, sou vítima do fascismo fiscal da Receita
Federal, em conluio com um banco estatal, isto é, partidário (só pra
completar, já resolvi a pendenga, mas não quero mais saber da Caixa
petralha):
Preso nesta sexta-feira
na 11ª etapa da Operação Lava Jato, o ex-deputado federal André Vargas
(ex-PT-PR) faturou pelo menos 50 milhões de reais em contratos com a
Caixa Econômica Federal com a ajuda de seus irmãos Milton e Leon - o
dinheiro é resultado de contratos firmados entre o banco e a empresa IT7
Sistemas, da qual Leon Vargas foi sócio. O Ministério Público Federal
investiga se os serviços contratados pela Caixa foram, de fato,
prestados. Os investigadores destacaram que o ex-deputado é apontado
como responsável pela indicação de Clauir dos Santos para gerente de
marketing da Caixa Econômica Federal. Os tentáculos de Vargas na Caixa e
no Ministério de Saúde só começaram a ser investigados no mês passado,
com o retorno dos inquéritos de ex-parlamentares do Supremo Tribunal
Federal.
Além do
faturamento direto na conta bancária, as empresas da família de Vargas
também receberam pagamentos da Caixa Econômica Federal e do Ministério
da Saúde por meio de contratos com a agência Borghi Lowe com o banco
público. Ricardo Hoffmann, representante da Borghi Lowe, também preso
nesta sexta-feira.
O esquema
do ex-deputado petista nas verbas de publicidade lembra o escândalo do
mensalão, quando mais de 70 milhões de reais saíram do Banco do Brasil
para a agência do operador Marcos Valério. Na operação Lava Jato,
descobriu-se que Hoffmann, ex-marqueteiro do senador Roberto Requião
(PMDB), utilizava a subcontratação de outras empresas, como produtoras
de vídeo, para produzir peças publicitárias para a Caixa Econômica
Federal e o Ministério da Saúde - mas providenciava, em pedidos
atendidos pelas empresas terceirizadas, que cerca de 10% de cada
contrato da Lowe Borghi com a subcontratada fossem depositados nas
empresas Limiar e LSI, de Milton e Leon Vargas.
Ex-vice-presidente
da Câmara dos Deputados e ex-secretário de Comunicação do PT, Vargas
chegou a ser sócio de uma das empresas da família que recebeu
pagamentos. Ou seja, o dinheiro saía dos cofres públicos, passava para a
agência de Hoffman e, ao fim, chegava ao ex-deputado. "Essas empresas
repassavam recursos para o André Vargas e recebiam notas fiscais por
isso. Mas os serviços não foram prestados", afirmou o procurador
regional da república Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa
da Operação Lava Jato em Curitiba.
A Receita
Federal questionou essas empresas sobre os pagamentos que fizeram para
firmas da família Vargas. Várias informaram que Hoffmann exigia, até por
escrito, que a comissão pela contratação da terceirizada, chamada no
mercado de bônus por volume, fosse transferida não para a Borghi Lowe,
mas sim para as contas bancárias das empresas do ex-deputado. Diversas
empresas responderam aos fiscais da Receita Federal que não houve
serviço prestado pelas empresas de Vargas e que os recursos só foram
depositados, a título de bônus por volume, por pedido de Hoffmann.
O
Ministério Público Federal ainda rastreia os pagamentos. Tiveram os
sigilos fiscal e bancário quebrados pelo juiz Sérgio Moro não só duas
empresas da Borghi Lowe, mas também as terceirizadas: Enoise Estudios,
Luiz Portella Produções, Sagaz Digital, Zulu Filmes, BH Serviços de
Comunicação e a Conspiração Filmes.
Vargas já
era investigado por suspeita de tráfico de influência no Ministério da
Saúde, onde atuou para que o laboratório de fachada Labogen fosse
agraciado com uma parceria para faturar mais de 50 milhões de reais com a
venda de medicamentos fabricados em parceria com a farmacêutica EMS e o
Laboratório da Marinha. Também teve a conduta analisada na compra de um
imóvel por cerca de um milhão de reais, em Londrina, no Paraná, cuja
aquisição foi declarada à Receita Federal pela esposa do ex-deputado por
500.000 reais. Os fiscais constataram que Vargas não tinha como
comprovar a origem dos pagamentos omitidos do Fisco.
Ele foi
um dos primeiros deputados que teve descoberta a parceria com o doleiro
Alberto Youssef, pivô do esquema de corrupção na Petrobras investigado
pela Lava Jato. Por isso, a operação desta sexta-feira foi batizada de
Origem. Também foram presos nesta etapa da operação os ex-deputados
Pedro Corrêa e Luiz Argôlo, outros velhos parceiros de negócios escusos
do doleiro. (Veja.com).
P.S.: mais notícias no Estadão.
P.S.: mais notícias no Estadão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário