A perda dos grandes animais pela caça e a contaminação humanas
significou como lógica consequência uma drástica diminuição de suas
fezes, que são fundamentais para alimentar a Terra – afirmaram
pesquisadores nesta segunda-feira (26).
Restabelecer as populações de grandes mamíferos e animais marinhos por meio da conservação pode ajudar a combater o dano causado pelo aquecimento global, porque estas colaboram com o crescimento da maioria das plantas que absorvem dióxido de carbono.
A pesquisa foi divulgada na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
“No passado este era um mundo que tinha dez vezes mais baleias, vinte vezes mais peixes anádromos (que vivem no oceano mas se reproduzem em água doce, ndlr) como o salmão, o dobro de aves marinhas e dez vezes mais herbívoros grandes, como preguiças gigantes, mastodontes e mamutes”, disse Joe Roman, biólogo da Universidade de Vermont e co-autor do estudo.
Mas o desaparecimento ou declínio destas espécies alterou o ciclo nutritivo terrestre, em particular num processo no qual os excrementos animais são levados das profundezas dos oceanos para terra firme através de aves migratórias e peixes.
Segundo o especialista, “a disfunção do ciclo nutritivo terrestre pode debilitar a saúde dos ecossistemas, a agricultura e a pesca”.
Os pesquisadores descobriram que a capacidade dos animais de fazer circular nutrientes reduziu a 8% do que era no passado, antes que 150 espécies de megafauna fossem extintas ao final da última era glacial há cerca de 12.000 anos.
Mas a caça excessiva de parte dos humanos foi um fator decisivo na redução – de mais de 75% – da capacidade dos mamíferos marinhos de transportar nutrientes como o fósforo do fundo dos oceanos para a superfície da Terra.
O fósforo é um elemento mineral essencial para o crescimento das plantas.
“Até agora, não pensávamos que os animais tiveram um papel tão importante na circulação dos nutrientes”, disse o principal autor do estudo, Christopher Doughty, ecologista da Universidade de Oxford.
Os pesquisadores pensavam que os ciclos nutritivos dependiam basicamente das bactérias.
Mas este último estudo, que coincide com outras pesquisas recentes, mostra com modelos matemáticos o papel fundamental destes animais e sua matéria fecal para fertilizar os ecossistemas do planeta que são vitais para as populações humanas.
Os pesquisadores examinaram em particular o fósforo e calcularam que, antes do inicio da caça de baleias há três séculos, estes mamíferos marinhos produziam e mobilizavam 340.000 toneladas de sais minerais anualmente, contra apenas 74.000 toneladas hoje em dia.
Como o fósforo é um elemento-chave nos fertilizantes – e seu fornecimento pode ficar gravemente prejudicado nos próximos 50 anos – os pesquisadores garantem que os esforços de conservação poderiam ajudar a reciclá-lo.
Fonte: UOL
Restabelecer as populações de grandes mamíferos e animais marinhos por meio da conservação pode ajudar a combater o dano causado pelo aquecimento global, porque estas colaboram com o crescimento da maioria das plantas que absorvem dióxido de carbono.
A pesquisa foi divulgada na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
“No passado este era um mundo que tinha dez vezes mais baleias, vinte vezes mais peixes anádromos (que vivem no oceano mas se reproduzem em água doce, ndlr) como o salmão, o dobro de aves marinhas e dez vezes mais herbívoros grandes, como preguiças gigantes, mastodontes e mamutes”, disse Joe Roman, biólogo da Universidade de Vermont e co-autor do estudo.
Mas o desaparecimento ou declínio destas espécies alterou o ciclo nutritivo terrestre, em particular num processo no qual os excrementos animais são levados das profundezas dos oceanos para terra firme através de aves migratórias e peixes.
Segundo o especialista, “a disfunção do ciclo nutritivo terrestre pode debilitar a saúde dos ecossistemas, a agricultura e a pesca”.
Os pesquisadores descobriram que a capacidade dos animais de fazer circular nutrientes reduziu a 8% do que era no passado, antes que 150 espécies de megafauna fossem extintas ao final da última era glacial há cerca de 12.000 anos.
Mas a caça excessiva de parte dos humanos foi um fator decisivo na redução – de mais de 75% – da capacidade dos mamíferos marinhos de transportar nutrientes como o fósforo do fundo dos oceanos para a superfície da Terra.
O fósforo é um elemento mineral essencial para o crescimento das plantas.
“Até agora, não pensávamos que os animais tiveram um papel tão importante na circulação dos nutrientes”, disse o principal autor do estudo, Christopher Doughty, ecologista da Universidade de Oxford.
Os pesquisadores pensavam que os ciclos nutritivos dependiam basicamente das bactérias.
Mas este último estudo, que coincide com outras pesquisas recentes, mostra com modelos matemáticos o papel fundamental destes animais e sua matéria fecal para fertilizar os ecossistemas do planeta que são vitais para as populações humanas.
Os pesquisadores examinaram em particular o fósforo e calcularam que, antes do inicio da caça de baleias há três séculos, estes mamíferos marinhos produziam e mobilizavam 340.000 toneladas de sais minerais anualmente, contra apenas 74.000 toneladas hoje em dia.
Como o fósforo é um elemento-chave nos fertilizantes – e seu fornecimento pode ficar gravemente prejudicado nos próximos 50 anos – os pesquisadores garantem que os esforços de conservação poderiam ajudar a reciclá-lo.
Fonte: UOL
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