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Greenpeace ignora os direitos animais e apoia a indústria de peles de foca
22 de janeiro de 2016 às 6:00
Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Em uma matéria para o canal MSNBC, Jon Burgwald, representante do Greenpeace no Ártico, falou que a organização apoia roupas feitas com pele de foca “eco-friendly”, supostamente “sustentáveis”.
O capitão Paul Watson, fundador do Sea Shepherd, se posicionou esta semana contra a declaração. “O Greenpeace passou dos limites ao endossar a indústria de peles de foca”, disse ele nas redes sociais.
Para os ativistas de direitos animais, uma suposta indústria de pele de foca “sustentável” é inconcebível, cruel e enganadora. “As focas estão ameaçadas pela rápida diminuição das populações de peixes e pela poluição. Nosso oceano está morrendo e o Greenpeace parece neģar esta realidade”, disse Watson.
“Como co-fundador do Greenpeace, sinto-me enojado e traído por esta nova política do Greenpeace”, ressaltou o capitão.
O ativista falou ainda da época em que fazia parte do Greenpeace e lutava contra a indústria de peles na década de 1970. “Nós arriscamos nossas vidas para salvar as focas dos caçadores.”
O Greenpeace afirmou que é contra a matança de focas por grandes empresas de caça para o lucro, mas a favor da matança por povos indígenas, que dependem da caça para o seu sustento. Na matéria da MSNBC, no entanto, é evidenciada a venda de casacos de pele de foca como um artigo de luxo, não de subsistência.
No vídeo, a representante do Conselho de Ministérios Nórdicos, Nauja Bianco descreve o seu colete de pele de foca com um produto “sustentável” da Groelândia. Ela afirma que a compaixão por focas é “antiquado”, coisa dos anos setenta, e que focas bebês não são mais mortas. Entretanto, como lembra o capitão Paul Watson, 90% das focas mortas tem menos de três meses de idade.
Na entrevista, Nauja chega a afirmar que é “ok” usar peles e é um produto sustentável “legítimo” e até mesmo sugere (com uma risada) que as focas se voluntariam para serem mortas. Em seguida, o repórter entrevista o representante do Greenpeace que afirma que a organização pretende promover produtos “sustentáveis” derivados de foca.
Não é a primeira vez que o Greenpeace se omite ou vai na contramão dos direitos animais. A organização não se opõe à caça de animais, além de já ter justificado a matança de golfinhos no Japão. O Greenpeace também chegou a apoiar a caça de ursos polares no Alasca. Como lembra o diretor Kip Andersen no documentário Cowspiracy, o Greenpeace também não foca nos impactos ambientais do consumo de carne. De forma geral, a organização mantém uma postura omissa ou exploratória em relação aos direitos animais.
*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.
Em uma matéria para o canal MSNBC, Jon Burgwald, representante do Greenpeace no Ártico, falou que a organização apoia roupas feitas com pele de foca “eco-friendly”, supostamente “sustentáveis”.
O capitão Paul Watson, fundador do Sea Shepherd, se posicionou esta semana contra a declaração. “O Greenpeace passou dos limites ao endossar a indústria de peles de foca”, disse ele nas redes sociais.
Para os ativistas de direitos animais, uma suposta indústria de pele de foca “sustentável” é inconcebível, cruel e enganadora. “As focas estão ameaçadas pela rápida diminuição das populações de peixes e pela poluição. Nosso oceano está morrendo e o Greenpeace parece neģar esta realidade”, disse Watson.
“Como co-fundador do Greenpeace, sinto-me enojado e traído por esta nova política do Greenpeace”, ressaltou o capitão.
O ativista falou ainda da época em que fazia parte do Greenpeace e lutava contra a indústria de peles na década de 1970. “Nós arriscamos nossas vidas para salvar as focas dos caçadores.”
O Greenpeace afirmou que é contra a matança de focas por grandes empresas de caça para o lucro, mas a favor da matança por povos indígenas, que dependem da caça para o seu sustento. Na matéria da MSNBC, no entanto, é evidenciada a venda de casacos de pele de foca como um artigo de luxo, não de subsistência.
No vídeo, a representante do Conselho de Ministérios Nórdicos, Nauja Bianco descreve o seu colete de pele de foca com um produto “sustentável” da Groelândia. Ela afirma que a compaixão por focas é “antiquado”, coisa dos anos setenta, e que focas bebês não são mais mortas. Entretanto, como lembra o capitão Paul Watson, 90% das focas mortas tem menos de três meses de idade.
Na entrevista, Nauja chega a afirmar que é “ok” usar peles e é um produto sustentável “legítimo” e até mesmo sugere (com uma risada) que as focas se voluntariam para serem mortas. Em seguida, o repórter entrevista o representante do Greenpeace que afirma que a organização pretende promover produtos “sustentáveis” derivados de foca.
Não é a primeira vez que o Greenpeace se omite ou vai na contramão dos direitos animais. A organização não se opõe à caça de animais, além de já ter justificado a matança de golfinhos no Japão. O Greenpeace também chegou a apoiar a caça de ursos polares no Alasca. Como lembra o diretor Kip Andersen no documentário Cowspiracy, o Greenpeace também não foca nos impactos ambientais do consumo de carne. De forma geral, a organização mantém uma postura omissa ou exploratória em relação aos direitos animais.
*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.
Comentarios
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01Pois é, infelizmente a podridão e a corrupção está em todos os lugares. Aqueles que deveriam proteger se rendem ao dinheiro.
Ainda mais uma organização que cresceu e se tornou do tamanho que é o greenpeace.
O pior é que é bem capaz de eles se justificarem ressaltando que o nome da organização é paz verde.
O que não for verde, para eles não interessa, pode matar, explorar que não tem problema.
Se tornou uma ong política. Totalmente fachada suas campanhas. No fundo protegem seus próprios interesses.
É muito triste ver o capitão do Sea Shepard preso a essa instituição que ele ajudou fundar e se desviou totalmente do objetivo inicial. Infelizmente ele está sozinho nesse ninho de cobras que se tornou o greenpeace.
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Apenas uma observação… Paul Watson ao fundar a Sea Shepherd, se desligou completamente do Greenpeace, ou seja, ele não está sozinho no ninho de cobras, porque não tem mais nenhum vínculo, a não ser histórico, com o Greenpeace! Outros ativistas seguiram seu exemplo e, ou foram para o Sea ou apenas de desvincularam…
- Opa. Ainda bem, não sabia.
Menos mal.
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