De todos os países asiáticos mais visitados pelos turistas, a Tailândia é um dos mais conhecidos pela hospitalidade de sua gente, suas paisagens exóticas e suas praias maravilhosas. No entanto, como em qualquer outro lugar do planeta, esta nação conta com uma série de obscuridades que não são muito conhecidas a nível mundial.
Uma delas é a maneira na qual os cães vivem. Para surpresa dos nativos e estrangeiros, a realidade do melhor amigo do homem nesta parte do mundo não se reduz ao fato de que grande parte dos que moram neste lugar vivem perambulando nas ruas, mas sim que na Tailândia, os cães são a mercadoria de um comércio inexplicavelmente atroz.
Mesmo que o ideal seja ler histórias alegres e positivas para levantar o ânimo e escapar do estresse do dia a dia, quando ocorrem situações nas quais são cometidos atropelos impiedosos, a resposta mais contundente é exibir detalhadamente o crime para assinalar seus executores.
É por isso que a seguir vamos expor a dura realidade na qual vivem os cães neste exótico país.
Vítimas de um negócio desumano
Apertados e uivando de dor e desespero em pequenas jaulas de grade, a grande maioria dos cães na Tailândia parece estar condenada a sofrer as garras de um negócio muito comum em várias nações asiáticas: o contrabando de cães para o consumo de carne e pele.
Tudo funciona assim: como se fosse um filme de terror, os criminosos contratam um grupo de chamados “recolhedores”, cuja função é buscar a maior quantidade de cães que puderem para depois enviá-los ao matadouro e vender seu carne para restaurantes na Tailândia, assim como em outros países como o Vietnam, Laos e China.
Números assustadores
Neste selvagem e impiedoso contexto, os preços da carne variam de acordo com a raça e estado de saúde. Um cão de raça mestiça pode ser comprado a um preço próximo a oito reais para depois ser vendido por quatro, aqueles que se encontram doentes são trocados por garrafas de água.
Por outro lado, neste sanguinário negócio os cães mais rentáveis são os de pedigree, já que estes são vendidos por 48 reais na Tailândia, enquanto nos restaurantes do Vietnam podem chegar ao preço de 260 reais.
Segundo a Fundação Soi Dog, os recolhedores não só compram, mas também sequestram nas ruas ou roubam nas casas os cachorros de raça, por meio de violentas técnicas com as quais conseguem pegar o cão para depois retê-los em jaulas estreitas, nas quais ficarão até serem brutalmente assassinados e vendidos.
O certo é que segundo oficiais, estima-se que cerca de 2 a 3 mil cães são capturados ou comprados pelos contrabandistas, enquanto que 50 mil eram exportados ao Vietnam durante o ano de 2011.
Dessa forma, ativistas pelos direitos dos animais revelaram que na Tailândia come-se muito mais de 1 milhão de cães ao ano, por isso que se trata de um negócio que mesmo que seja ilegal e esteja sendo realizadas diferentes tipos de ações para detê-lo, encontra-se em expansão.
Leis na Tailândia contra este fato
Apesar de existirem leis que penalizam este tipo de atividade na Tailândia, a realidade é que estas se limitam ao ilícito do comércio e transporte de animais, além de não existirem leis contra a crueldade e o maltrato animal, o que traz como consequência que os criminosos sejam sentenciados a um período entre poucos meses a dois anos de prisão.
O pior disso tudo é que depois da realização das buscas correspondentes e da liberação dos cães dos insólitos recintos em que sobrevivem antes de serem massacrados, estes animais passam pouco tempo em centros de quarentena para depois serem devolvidos para as ruas, onde muitas vezes são novamente capturados por contrabandistas.
Apesar de se estar realizando esforços para mudar tudo isto, trata-se de uma realidade que ao menos em curto e médio prazo, dificilmente mudará para o cão que vive na Tailândia.
Fonte: Meus Animais
Nota do Olhar Animal: Enquanto no Brasil o massacre (ainda) se dá dentro dos Centros de Zoonoses, no Oriente o holocausto ocorre pelo hábito de consumi-los.
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