sexta-feira, 27 de maio de 2016

Cientistas reproduzem pinguins em extinção por inseminação artificial


25/05/2016 - 23H05/ atualizado 23H0505 / por Lucas Alencar*
Restam menos de 10 mil pinguins-de-Humboldt no mundo, número extremamente baixo para estes animais aquáticos (Foto: Flickr)


Uma das poucas alternativas para frear ou impedir a extinção de uma espécie é a reprodução dos espécimes remanescentes em laboratório. Para os quase extintos pinguins-de-Humboldt, acendeu-se uma luz de esperança, já que cientistas japoneses conseguiram realizar a reprodução dos animais graças à inseminação artificial.
 
O processo foi feito pelos cientistas do Museu de Ciências Marítimas de Shimonoseki, que fecundaram a fêmea Happy, de oito anos, com o esperma do macho Genki, de onze anos. O processo de reprodução assistida foi bem-sucedido e dois filhotes nasceram, um macho e uma fêmea.

“Nos últimos quatro anos, tentamos realizar a reprodução diversas vezes, apesar dos muitos fracassos. Fiquei mudo quando os filhotes de pinguins nasceram sem dificuldades, foi inacreditável”, disse Tappei Kushimoto, chefe da equipe responsável pelo processo, à Agência France-Presse.

A notícia foi bem recebida por toda a comunidade científica, pois representa um grande passo adiante nos testes para a reprodução e luta contra extinção de espécies.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), restam menos de dez mil espécimes de pinguins-de-Humboldt no mundo, número muito baixo para este animal marinho. Estes animais ocorrem no Oceano Pacífico, nas costas do Chile e do Peru.


*Com supervisão de Nathan Fernandes

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