Caixotes altos, resistentes, feitos de aço, com espaço para excrementos e duas porteiras, sendo uma para separar o tratador já estão em fase de planejamento para transportar os elefantes do Santuário instalado em Chapada dos Guimarães. A produção é de uma empresa local, especializada em construção por módulos, e que está ‘co-criando’ tudo para o novo espaço.
Segundo Miguel Mendes, coordenador comercial da Máxima Indústria e Comércio de Módulos Ltda., a experiência de construir para o Santuário é totalmente nova. “Eu li sobre a criação e entrei em contato com eles via site, na verdade falei diretamente com a ONG Elephant Voices, e apresentei um projeto”, conta.
Agora, a Máxima já está finalizando a construção do Centro de Tratamento Médico dos animais, que segundo o coordenador é um galpão aberto feito de vigas de aço e cobertura metálica. A previsão é que ele fique pronto em dez dias.
“Nós somos uma empresa especializada em construção modular, com soluções flexíveis. A diferença é que essa construção permite mobilidade, não gera resíduos ao meio ambiente e é mais rápida”, explica Miguel. Segundo o coordenador, a parceria feita com o Santuário de Elefantes foi além dos acordos comerciais. Por isso, o preço oferecido foi menor, visando uma menor margem de lucro.
Como os primeiros elefantes serão trazidos em setembro, os caixotes de transporte devem ficar prontos até o final de agosto. Miguel explica que as caixas têm 2,9 metros de altura, seis metros de comprimento e dois metros de largura. “Elas tem espaço suficiente para os elefantes ficarem bem acomodados, mas sem sobrar muito espaço para que não tombe”, explica.
Apesar da prevenção, o teto dos caixotes também é flexível para que, caso seja necessário, os animais possam ser guinchados pelo próprio caminhão por meio de cintas. Os caixotes devem viajar para Minas Gerais – onde estão os animais – antes do feriado de sete de setembro.
O Santuário
O primeiro Santuário de Elefantes da América Latina está em construção em Chapada dos Guimarães. A ideia é abrigar animais oriundos de circos, zoológicos e propriedades rurais que precisam ser resgatados. A presidente, Junia Machado, é uma publicitária que passou a se interessar pela causa dos animais quando foi para a África e viu a realidade da ‘guerra do marfim’.
Os primeiros animais chegam a Chapada na primeira quinzena de Setembro. São duas fêmeas, Maia e Guida, que viviam acorrentadas em uma propriedade rural em Minas Gerais. Ambas eram de um circo, foram resgatadas pelo Ibama e aguardavam vaga em um zoológico.
O Santuário será construído para receber até cinquenta animais – o número de elefantes que precisam ser resgatados na América Latina. A instituição não será aberta ao público.
Fonte: Olhar Direto
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