quarta-feira, 27 de julho de 2016

Hospital de Apoio quer implantar terapia assistida por animais

 
Quarta, 20 Julho 2016


  Ailane Silva, Agência Saúde
Hospital de Apoio quer implantar terapia assistida por animaisFoto: Brito/Saúde-DF
Ideia de uma servidora da unidade conta com o apoio de voluntários
BRASÍLIA (20/7/16) – Na tarde desta quarta-feira (21), a visita de dois cães mudou a rotina do Hospital de Apoio. Os bichos - que brincaram com alguns pacientes que passavam pelo corredor para ir ao jardim – foram trazidos em razão de um encontro sobre Terapia Assistida por Animais. O encontro contou com palestras e demonstrou aos profissionais de saúde como os cães podem ajudar na recuperação de quem está internado.
"A ideia é mostrar como funciona esse trabalho para tentarmos, posteriormente, implantar a metodologia na unidade. O Hospital de Apoio é especializado em cuidados paliativos oncológicos, geriátricos e reabilitação. Temos pessoas aqui que seriam beneficiadas com a interação com os animais", explicou a assistente social que trabalha no hospital há sete anos e teve a ideia, Marta Paiva.
Segundo ela, os animais podem trazer benefícios como aumento da autoestima e redução da dor, ansiedade e depressão. Para isso, o recomendado é que a visita com o animal dure até 15 minutos. O contato também deve ser semanal.
O adestrador especialista em comportamento canino, Marcelo Pereira, que aderiu ao projeto como volunário,  explicou que os cães escolhidos precisam ter educação básica para atender comandos e, ainda, apresentar características natas.
"O primeiro item que o cão deve ter é gostar muito de gente. Seria um tipo de cão que prefere ficar em um ambiente pequeno com a companhia de alguém, do que estar em um local espaçoso sozinho", explicou o adestrador.
Segundo ele, o animal precisa estar acostumado com a presenta de pessoas diferentes, cães de todos os tipos, ruídos e aceitar carinhos sem apresentar reatividade agressiva. Também é necessário que o cachorro participe de alguns treinamentos e faça testes simulando o ambiente hospitalar e o ambiente.
Marcelo explicou que, para que o projeto seja realizado, a pretensão é reunir donos de cães voluntários que se comprometessem a levar o animal semanalmente à unidade. Para isso, seria lançado um cadastro para interessados participarem da seleção, já que os bichos precisam atender aos requisitos.
A veterinária presente no evento, que já é voluntária do Hospital de Apoio, Nayara Brea, informou que os bichos passam por uma desinfecção e podem entrar no ambiente hospitalar. Além disso, passam por avaliações clínicas e tratamentos contra parasitas, pulgas e outras possíveis contaminações.
"Eu achei maravilhosa a visita dos cães. Gosto muito de cachorros e os cães mostram sua beleza e nos fazem dar risadas. Nós vemos vida. Eles são muito benvindos", garantiu a paciente oncológica, Maria de Lourdes Barbosa, 69 anos, que brincou com a cadela da raça bernese, a Aisha.
De porte grande, Aisha ainda tem seis meses de idade, mas já está quase na estatura adulta. A dona, Catherine Fonseca, 21 anos, está disposta a participar. "O projeto é maravilhoso e espero que dê certo. Eu realmente quero que a Aisha e eu participe. Seria uma experiência muito rica", disse.
O grupo de voluntário que pretende implantar a terapia também é composto por psicólogo, fisioterapeuta e veterinário.

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