Quarta, 20 Julho 2016
Ailane Silva, Agência Saúde
Ideia de uma servidora da unidade conta com o apoio de voluntários
BRASÍLIA (20/7/16) –
Na tarde desta quarta-feira (21), a visita de dois cães mudou a rotina
do Hospital de Apoio. Os bichos - que brincaram com alguns pacientes que
passavam pelo corredor para ir ao jardim – foram trazidos em razão de
um encontro sobre Terapia Assistida por Animais. O encontro contou com
palestras e demonstrou aos profissionais de saúde como os cães podem
ajudar na recuperação de quem está internado.
"A
ideia é mostrar como funciona esse trabalho para tentarmos,
posteriormente, implantar a metodologia na unidade. O Hospital de Apoio é
especializado em cuidados paliativos oncológicos, geriátricos e
reabilitação. Temos pessoas aqui que seriam beneficiadas com a interação
com os animais", explicou a assistente social que trabalha no hospital
há sete anos e teve a ideia, Marta Paiva.
Segundo
ela, os animais podem trazer benefícios como aumento da autoestima e
redução da dor, ansiedade e depressão. Para isso, o recomendado é que a
visita com o animal dure até 15 minutos. O contato também deve ser
semanal.
O
adestrador especialista em comportamento canino, Marcelo Pereira, que
aderiu ao projeto como volunário, explicou que os cães escolhidos
precisam ter educação básica para atender comandos e, ainda, apresentar
características natas.
"O
primeiro item que o cão deve ter é gostar muito de gente. Seria um tipo
de cão que prefere ficar em um ambiente pequeno com a companhia de
alguém, do que estar em um local espaçoso sozinho", explicou o
adestrador.
Segundo
ele, o animal precisa estar acostumado com a presenta de pessoas
diferentes, cães de todos os tipos, ruídos e aceitar carinhos sem
apresentar reatividade agressiva. Também é necessário que o cachorro
participe de alguns treinamentos e faça testes simulando o ambiente
hospitalar e o ambiente.
Marcelo
explicou que, para que o projeto seja realizado, a pretensão é reunir
donos de cães voluntários que se comprometessem a levar o animal
semanalmente à unidade. Para isso, seria lançado um cadastro para
interessados participarem da seleção, já que os bichos precisam atender
aos requisitos.
A
veterinária presente no evento, que já é voluntária do Hospital de
Apoio, Nayara Brea, informou que os bichos passam por uma desinfecção e
podem entrar no ambiente hospitalar. Além disso, passam por avaliações
clínicas e tratamentos contra parasitas, pulgas e outras possíveis
contaminações.
"Eu
achei maravilhosa a visita dos cães. Gosto muito de cachorros e os cães
mostram sua beleza e nos fazem dar risadas. Nós vemos vida. Eles são
muito benvindos", garantiu a paciente oncológica, Maria de Lourdes
Barbosa, 69 anos, que brincou com a cadela da raça bernese, a Aisha.
De
porte grande, Aisha ainda tem seis meses de idade, mas já está quase na
estatura adulta. A dona, Catherine Fonseca, 21 anos, está disposta a
participar. "O projeto é maravilhoso e espero que dê certo. Eu realmente
quero que a Aisha e eu participe. Seria uma experiência muito rica",
disse.
O grupo de voluntário que pretende implantar a terapia também é composto por psicólogo, fisioterapeuta e veterinário.
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