domingo, 14 de agosto de 2016

Brasil registra 65% a mais de queimadas em 2016

Meio Ambiente


Alerta

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou mais de 53 mil focos de incêndio neste ano no território brasileiro
 
 
por Portal Brasil publicado: 09/08/2016 18h27 última modificação: 10/08/2016 12h03
 
 
Foto: José Cruz/Agência Brasil Focos de incêndio já triplicaram no Acre, onde a estiagem pode levar o rio ao nível mais baixo da história.



Focos de incêndio já triplicaram no Acre, onde a estiagem pode levar o rio ao nível mais baixo da história.



Desde o início do ano até o dia 5 de agosto, foram registrados mais de 53 mil focos de queimadas e incêndios florestais no País. O número representa um aumento de 65% em relação ao mesmo período do ano passado. O registro foi feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).


Segundo o coordenador de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do Inpe, Alberto Setzer, o País está no início da temporada de queimadas, que atinge o pico em setembro. Ele alerta sobre  a necessidade de intensificar a fiscalização para evitar que a população coloque fogo na vegetação nesta época do ano – a ação do homem, aliada ao tempo quente e seco, é uma das principais causas dos incêndios florestais.


O Acre apresenta uma das situações mais graves, com 844 focos – três vezes mais que 2015. No Amazonas, foram registrados até agora 3.022 registros de queimadas, um crescimento de 284% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números são do Programa de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do Inpe.


"Como estamos no início da temporada de queimadas, ainda não sabemos como será este ano. Tudo vai depender de como vai ser a fiscalização, porque, do ponto de vista do clima, a situação está muito difícil", diz o pesquisador.


Segundo o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do MCTIC, a seca que atinge o sudoeste da Amazônia, especialmente o Acre, deve se agravar ainda mais nos próximos meses.


O rio Acre deve atingir o mais baixo nível histórico (entre 1,20 m e 1,30 m) e impactar a navegação e o abastecimento de comunidades ribeirinhas. O levantamento é válido para os meses de agosto, setembro e outubro deste ano.


Desde março, o volume de chuvas é pouco na região, em parte por conta do El Niño, que começou no outono do ano passado. O fenômeno está associado ao aquecimento das águas do Oceano Pacífico equatorial, alterando os ventos em boa parte do planeta e o regime de chuvas.


Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

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