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Atualizado: 59 minutos 7 segundos atrás



Ricardo Penna/Fotos PúblicasRicardo Penna/Fotos Públicas



Com 34,2ºC, e 15% de umidade relativa do ar, Brasília nesta semana bateu recordes de temperatura e de seca

“Estamos em vias de sofrer uma crise hídrica sem precedentes caso não chova em breve ou chova pouco”, afirmou a promotora de Justiça Marta Eliana de Oliveira, da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) do Ministério Público, na quinta-feira (15). Em estado de atenção, devido à estiagem e ao aumento do consumo de água, o Distrito Federal está a um passo de atingir o estado de alerta – o que provocaria a restrição ainda maior do uso da água.



Nos últimos dois dias, sete regiões do DF tiveram o abastecimento suspenso para que os níveis dos reservatórios fossem restabelecidos. Os dois principais reservatórios que abastecem o Distrito Federal estão com o nível perto de 40% – abaixo do esperado mesmo para o final do período de seca. Com as chuvas, o DF somente deixará o estado crítico quando dois novos sistemas de abastecimento começarem a operar: Bananal e Corumbá, o que está previsto para acontecer em 2018. O risco do racionamento foi antecipado pela Revista Congresso em Foco ainda no primeiro semestre do ano.




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Principais reservatórios que abastecem o DF estão com o nível perto de 40%
Para promotora Marta Eliana, “no pior dos cenários, nossos reservatórios garantem água somente até dezembro. A população precisa adotar com urgência a prática de economizar água. Não podemos fazer chover, mas podemos passar a usar a água com responsabilidade e consciência, de modo sustentável”. Confira as dicas para economizar água



De acordo com a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), o consumo de água no DF está acima do ideal. A média, até julho de 2016, foi de 175,1 litros/habitante/dia. A agência considera que 150 litros/habitante/dia seriam suficientes. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade deve ser ainda menor: de 100 a 110 litros deveriam bastar para que cada pessoa satisfaça suas necessidades durante um dia.


Para evitar a repetição das graves consequências políticas da crise hídrica em São Paulo – a maior da história do país –, o Governo do Distrito Federal (GDF) aposta em campanhas educativas e em medidas para diminuição de perdas no sistema. Segundo MP, porém, a campanha lançada pela Adasa para estimular o brasiliense a economizar água, embora boa, é tímida.


 “A população toda deveria estar falando sobre isso. Deveríamos estar mobilizados diante da perspectiva de ficarmos sem água. Mas não é o que se vê”, afirma a promotora.



A diferença no consumo diário por habitante entre as cidades do Distrito Federal é grande. Os dados da Adasa mostram que as regiões mais nobres da cidade têm um gasto médio diário de água maior. O Setor de Indústrias (SIA), por exemplo está em primeiro lugar com um consumo de 481 litros por dia, seguido pelos bairros mais nobres da cidade – Lago Sul e região central de Brasília (Asa Sul e Asa Norte).


As cidades com menor consumo médio diário são Itapoã (121 litros), Riacho Fundo II (125 litros) e Varjão (132 litros).


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