A Groenlândia quebrou recordes de calor neste ano, depois de que partes
da vasta camada de gelo do território começaram a derreter mais cedo do
que o normal – disse o Instituto Meteorológico Dinamarquês (DMI) nesta
terça-feira (13).
“Esses novos resultados nos dão novas e robustas evidências de que a
tendência de aumento das temperaturas no Ártico continua”, afirmou em um
comunicado o climatologista John Cappelen, do DMI.
A temperatura média no verão foi de 8,2ºC, em Tasiilaq, na costa sudeste
da Groenlândia, a mais elevada desde o início dos registros, em 1895, e
2,3ºC acima da média de entre 1981 e 2010.
Novas altas também foram registradas no sul e no nordeste neste verão,
depois de uma primavera amena que quebrou recordes em seis das 14
estações meteorológicas no território.
Como consequências do degelo excessivo, o pesquisador citou “não apenas o
aumento do nível dos mares”, mas também “tempestades mais fortes” e
mudanças no ecossistema do Atlântico Norte, que terão impacto na pesca e
na “quantidade de carbono que o oceano pode absorver”.
Curiosamente, a Groenlândia também bateu neste ano seu recorde de frio
para o mês de julho, com -30,7°C na estação meteorológica de Summit, no
centro da ilha, devido às fracas precipitações registradas nesta zona.
Em abril, a DMI relatou que o derretimento sazonal de 12% da camada de
gelo da Groenlândia tinha começado um mês antes do que nas três datas
anteriores que bateram recordes de degelo.
A camada de gelo da Groenlândia, um enorme contribuinte potencial para o
aumento do nível dos mares, perdeu massa duas vezes mais rápido entre
2003 e 2010 do que durante todo o século XX, de acordo com um estudo
publicado em dezembro passado na revista científica Nature.
Fonte: Ambiente Brasil
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