quinta-feira, 6 de outubro de 2016

10 Parques para observação de aves


Tiê Sangue (Ramphocelus bresilius) no Parque Nacional da Serra da Bocaina. Foto: Maíra da Motta
Tiê Sangue (Ramphocelus bresilius) no Parque Nacional da Serra da Bocaina. 
Foto: Maíra da Motta


O tema de hoje é uma homenagem ao Dia das Aves, comemorado neste 5 de outubro. A data não poderia passar em branco em solo brasileiro, afinal, o Brasil é o segundo país do mundo em diversidade de aves, atrás somente da Colômbia. São quase duas mil espécies de aves que voam pelos biomas do país, com destaque para Amazônia, Mata Atlântica e o Pantanal, onde está a maior diversidade da avifauna. O WikiParques fez uma lista com dez Unidades de Conservação que fará com que os observadores de aves tirem suas câmeras e binóculos da bolsa e mirem as alturas. Confira nossa seleção:


Parque Nacional da Serra da Bocaina (RJ)
A Unidade de Conservação localizada na Serra do Mar, além das diversas opções de trilhas e cachoeiras, também é um local privilegiado para observação de aves. Em pleno coração da Mata Atlântica, lá já foram identificados oficialmente cerca de 300 espécies de aves, entre elas o gavião pega-macaco (Spizaetus tyrannus), o cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata), o macuco (Tinamus solitarius), o tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus) e a jacutinga (Aburria jacutinga), esta última ameaçada de extinção. Também pode ser encontrado por lá o fotogênico tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), famoso por sua colaração vermelha e por ser endêmico do Brasil. A entrada no Parque é gratuita.
Trinta-réis-grande (Phaetusa simplex) no Pantanal. Foto: Paulisson Miura
Trinta-réis-grande (Phaetusa simplex) no Pantanal. Foto: Paulisson Miura]


Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT)
O Pantanal é um presente para os observadores: são mais de 600 espécies de aves no bioma.  Aliás, um dos principais atrativos do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense é exatamente a observação de aves em uma embarcação pela Baía do Burro. Algumas das espécies que podem ser encontradas na UC são o Chororó-do-pantanal (Cercomacra melanaria), uma das poucas endêmica do bioma; o falcão-de-coleira (Falco femoralis); e a ema (Rhea americana), maior espécie de ave do Brasil. As garças também são personagens comuns dos cliques dos observadores no Pantanal. A entrada no parque é franca, mas os passeios estão sujeitos aos preços cobrados pelas operadoras.


Parque Nacional do Caparaó (ES)
Na divisa entre Espírito Santo e Minas Gerais, o Parque Nacional do Caparaó é mais um santuário de Mata Atlântica onde os observadores de aves podem ter certeza de que seus binóculos e lentes fotográficas serão bem-usados. A unidade registra cerca de 350 espécies de aves no seu território e serve de abrigo para pássaros ameaçados de extinção como o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) e o gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus). O ingresso do Parque custa R$12,50 para brasileiros e R$25 para estrangeiros.
Ema (Rhea americana). Foto por Wagner Machado Carlos
Ema (Rhea americana). Foto por Wagner Machado Carlos


Parque Nacional de São Joaquim (SC)
Criado em 1961, na região serrana de Santa Catarina, o Parque Nacional de São Joaquim corresponde a uma área de quase 50.000 hectares de Mata Atlântica. Entre os morros, trilhas, rios e cânions da Unidade já foram registradas mais de 120 espécies de aves. Atenção especial dos binóculos para o papagaio-charão (Amazona pretrei) e a águia-cinzenta (Urubitinga coronata), espécies ameaçadas de extinção. E para os belos e coloridos pássaros: gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) e surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui). A visitação no parque é gratuita.


Parque Nacional de Boa Nova (BA)
Criado em 2010, o Parque Nacional de Boa Nova é um dos caçulas dos parque nacionais e, por isso, ainda dá seus primeiros passos na infraestrutura de apoio aos visitantes. O destino, entretanto, já foi descoberto pelos observadores de aves. Localizada na área de transição entre a Caatinga e a Mata Atlântica conhecida como mata de cipó, a unidade é o habitat de uma ave endêmica ameaçada de extinção: o gravatazeiro (Rhopornis ardesiacus). Além dele, já foram registradas 428 espécies de aves no local, o que rendeu à região o título de uma das mais ricas em aves no Brasil. Em seus 12.065 hectares de área protegida estão mais da metade de todas as aves da Bahia. A entrada no parque é gratuita, porém é recomendada a contratação de um guia local.
Saíra-preciosa (Tangara preciosa) no Parque São Joaquim. Foto: João Quental
Saíra-preciosa (Tangara preciosa) no Parque São Joaquim. Foto: João Quental


Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS)
No litoral do Rio Grande do Sul, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe protege uma zona costeira que é o paraíso das aves migratórias. As águas rasas da Lagoa do Peixe são disputadas por mais de 150 espécies, dentre elas o flamingo (Phoenicopterus chilensis), um visitante que aparece a partir do mês de março. Outras espécies de aves que “batem ponto” (e asas) na Unidade de Conservação são: o gaivotão (Larus dominicanus), a gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis) e o tesourão (Fregata magnificens). A entrada no parque é gratuita.


Parque Estadual do Desengano (RJ)
Primeiro parque estadual do Rio de Janeiro, criado em 1970, o Parque Estadual do Desengano já registrou cerca de 400 espécies de aves. Em seus 25.000 hectares de Mata Atlântica, o Parque protege espécies ameaçadas de extinção como o gavião-pomba-pequeno (Amadonastur lacernulatus), a araponga (Procnias nudicollis) e o chauá (Amazona rhodocorytha),além de espécies imponentes como o gavião-pato (Spizaetus melanoleucus). A visitação é gratuita.
Trinta-réis-boreal (Sterna hirundo) no Parque Nacional Lagoa Peixe. Foto: Nádia de Campos Velho
Trinta-réis-boreal (Sterna hirundo) no Parque Nacional Lagoa Peixe. Foto: Nádia de Campos Velho


Parque Nacional de Ubajara (CE)
Ampliado em 2002, quando passou a abranger uma área de 6.288 hectares, o Parque Nacional de Ubajara é uma oportunidade para os observadores que quiserem explorar as aves do Caatinga. Dentro do território do parque foram registradas 127 espécies, um número que corresponde a cerca de 20% do total de espécies que existem no bioma. Lá o visitante pode observar algumas aves características como o periquito-da-caatinga (Eupsittula cactorum), o pica-pau-anão-pintado (Picumnus pygmaeus) e o pica-pau-ocráceo (Celeus ochraceus), endêmico do Brasil. A entrada é gratuita, mas os serviços de guia e o teleférico (R$8,00) do parque são pagos.


Parque Nacional de Anavilhanas (AM)
Em pleno coração amazônico, o Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, protege o arquipélago fluvial que dá nome à Unidade. São 340.831 hectares preservados onde foram catalogadas 232 espécies de aves. Alguns pássaros que vão entreter os observadores de aves são o choquinha-do-tapajós (Myrmotherula klagesi), a maria-da-campina (Hemitriccus inornatus) e o formigueiro-liso (Myrmoborus lugubris). A entrada no parque é gratuita
Araçari-banana (Pteroglossus bailloni) no Parque Nacional Itatiaia. Foto: Fabrício Corsi Arias
Araçari-banana (Pteroglossus bailloni) no Parque Nacional Itatiaia. Foto: Fabrício Corsi Arias


Parque Nacional do Itatiaia (RJ)
Dentre os muitos atrativos do Parque Nacional do Itatiaia, ganha destaque os o céu, ou melhor, os personagens que passam por ele. Seu território de 28.000 hectares preserva uma importante área de Mata Atlântica que abriga 319 espécies de aves, sendo 134 endêmicas do bioma. Entre elas a garrincha-chorona (Asthenes moreirae), o sanhaço-pardo (Orchesticus abeillei), o araçari-banana (Pteroglossus bailloni) e o saíra-sete-cores (Tangara seledon). O ingresso para o parque custa R$15 para residentes no Brasil e R$30 para o público em geral.

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