- quinta-feira, 13 outubro 2016 16:25
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Tal mortandade tem como responsáveis a procura por animais para a obtenção de couro e pele. A busca pela obtenção do couro e de peles alcançou o seu protagonismo em função da queda do primeiro ciclo da borracha, a partir de 1912, em que foi preciso substituir a borracha por outro impulsionador da economia na Amazônia.
Nos anos 50, a moda internacional tinha como produto ostentação os casacos de pele, o que incentivou a caça de peles de felinos. O mais curioso nesse estudo é que as espécies que mais sofreram em sete décadas de caça comercial foram os animais aquáticos, como o jacaré-açu, a ariranha e o peixe-boi, por exemplo.
Pela facilidade de acesso a esses animais, eles ficaram mais vulneráveis para a captura e não houve recuperação no número da sua população. Para os pesquisadores, o estudo ajuda a repensar a caça de subsistência na Amazônia, que de certa forma flerta com a ilegalidade e sobre a Lei de Fauna no Brasil, que segundo eles, é totalmente obsoleta no que diz respeito às abordagens modernas de manejo de espécies caçadas.
Fonte: Folha de São Paulo.
Comentários (3)
Este número irá dobrar, infelizmente, quando estudos forem feitos dos
anos 70 aos 2020. Mormente agora que as máfias chinesas voltaram os
olhos para a nossa biodiversidade . . .- Um governo lamentável , um povo
lamentável . . .um futuro mais que lamentável . . .
Esse número se refere apenas ao que foi registrado no transporte desse
material. Os próprios autores se referem a uma evidência de números
muito maiores na realidade. Importante saber quais espécies foram
eliminadas regionalmente a partir dessas práticas.
E, nesse caso, o número de indivíduos abatidos será um elemento relativo, dependendo da espécie em questão. Relevante igualmente é considerar que a chamada "caça de subsistência", além de ilegal, já pode ser firmemente contestada como necessidade premente de determinadas comunidades.
Na
Mata Atlântica, por exemplo, essa prática ainda é mantida apenas por uma
visão ideológica, e portanto distorcida, que sustenta esse tipo de
atividade absolutamente sem sentido atualmente. Práticas de caça em
geral são sérias causadoras da eliminação de espécies que ainda insistem
em manter suas últimas populações em fragmentos naturais.
Interessante
observar avanços em políticas públicas que se preocupam com o bem estar
animal de gatos, cachorros e cavalos, e desconsideram de maneira
grosseira os inúmeros descalabros e torturas que envolvem as "chamadas
práticas tradicionais de caça".
Devemos extinguir esse tipo de prática
de vez em nosso país. Já passou a hora de assumirmos que isso não
representa uma necessidade e sim um meio de vida que, substancialmente,
comercializa carne de caça para terceiros.
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