domingo, 16 de outubro de 2016

Fazenda futurística produz tomates no deserto e dispensa totalmente o uso de agrotóxicos e de combustíveis fósseis

Meio ambiente


Fazenda de alta tecnologia
A fazenda futurística dispensa totalmente o uso de agrotóxicos e de combustíveis fósseis. [Imagem: Sundrop Farm/Divulgação]
Agricultura de alta tecnologia

Enquanto o Brasil desce pela ladeira da desindustrialização e opta por uma alegada "vocação agrícola" nos moldes tradicionais, outros países demonstram que a tecnologia pode ajudá-los a não se tornar tão dependentes dos produtos primários importados - que nós contamos em exportar.


A Austrália, por exemplo, está literalmente cultivando tomates no deserto.


Em vez de desmatamentos e práticas extensivas, a fazenda australiana transformou uma área de deserto em um espaço com aspecto futurista, onde energia solar e dessalinização da água do mar fornecem os principais insumos necessários para uma agricultura de alta tecnologia.


Sem poluição, usando fontes renováveis e energia limpa, a fazenda deverá produzir 17.000 toneladas de tomate neste ano.



Como plantar no deserto



A água do mar é bombeada por dois quilômetros até a área de 20 hectares da fazenda - na verdade, um conjunto de estufas. Uma usina de dessalinização alimentada por energia solar remove o sal da água, deixando-a perfeita para irrigação.


Não há necessidade de pesticidas, já que a água do mar limpa e esteriliza o ar, e as plantas crescem em cascas de coco, e não em solo, evitando outros riscos de contaminação.



A eletricidade necessária é gerada por uma usina termossolar, onde 23.000 espelhos refletem a luz do Sol até o topo de uma torre de 115 metros de altura, onde o calor produz vapor suficiente para gerar até 39 megawatts de eletricidade.


A empresa responsável pelo projeto, a Sundrop Farm, já tem planos para instalar outra fazendo high-tech na Austrália, além de uma em Portugal e outra nos EUA.

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