sábado, 8 de outubro de 2016

Uma unidade de conservação para ararinhas-azuis


Foto: Projeto Ararinhas na Natureza
Foto: Projeto Ararinhas na Natureza



Entre os dias 18 e 28 de setembro, a equipe do Projeto Ararinha na Natureza esteve na região de Curaçá, na Bahia, local de origem da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii). Os pesquisadores foram à campo para realizar a primeira etapa de entrevistas com os moradores da zona rural de Curaçá e Juazeiro. O objetivo das entrevistas é reunir dados que devem subsidiar a criação de uma unidade de conservação federal na região, com vistas à reintrodução da espécie na natureza em 2019.



Além de buscar compreender a percepção das comunidades sobre o meio ambiente, a pesquisa tem o intuito de analisar os hábitos reprodutivos da maracanã (Primolius maracana), ave que se aproxima bastante da ararinha-azul e é utilizada como referência pelo projeto.



Durante esse período, também foram marcadas e georreferenciadas 120 árvores com potencialidade para reprodução de maracanãs, bem como espécies arbóreas usadas para alimentação da ave, a exemplo do angico, do pinhão e da braúna. As árvores serão monitoradas no período reprodutivo e o manejo será feito através da incubação artificial de ovos e da colocação de transmissores em filhotes de maracanã.



Equipe do projeto entrevistou moradores e mapeou árvores durante o trabalho de campo. Fotos: Projeto Ararinha na Natureza
Equipe do projeto entrevistou moradores e mapeou árvores durante o trabalho de campo. 
Fotos: Projeto Ararinha na Natureza


A UC de uso sustentável que será criada terá aproximadamente 90 mil hectares e prevê a proteção da natureza aliada ao uso das terras pelas comunidades tradicionais de maneira sustentável. A possibilidade de acesso a programas sociais vai melhorar as técnicas produtivas e a renda das famílias, diminuindo a pressão sobre os recursos naturais e auxiliando a conservação da biodiversidade.






O Projeto Ararinha na Natureza tem como objetivo reproduzir as ararinhas-azuis em criadouros para, futuramente, reintroduzi-las em seu habitat natural, a Caatinga. Desde 2011, a iniciativa conta com duas frentes de atuação: a reprodução e manejo da espécie em cativeiro e o trabalho de campo (educação ambiental, sensibilização das comunidades e criação de áreas protegidas).

*Com informações da Comunicação ICMBio

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