Meio Ambiente
A equipe se infiltrou em uma excursão turística e conseguiu fazer o flagrante.
8 de novembro de 2016 • Atualizado às 11 : 39
8 de novembro de 2016 • Atualizado às 11 : 39
Duas sucuris, uma jiboia e dois jacarés foram resgatados e devolvidos à natureza. |
Foto: iStock by Getty Images
Seis empresas de turismo e a organizadora do concurso Miss
Brasil Be Emotion foram autuadas pela Operação Teia, do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por crimes contra a
fauna no Amazonas.
A ação teve o objetivo de identificar e punir a utilização
ilegal de animais silvestres em publicações nas redes sociais e em anúncios
publicitários para vendas de pacotes turísticos ligadas ao evento.
Uma equipe do Ibama, em conjunto com o Batalhão de Policiamento
Ambiental do estado, infiltrou-se em uma excursão turística ao Lago Janauari,
no município de Iranduba, e conseguiu flagrar um cativeiro com seis animais
silvestres. O instituto informou que já havia recebido denúncias de crime
contra a fauna em atividades realizadas no local.
Duas sucuris, uma jiboia e dois jacarés foram resgatados e
devolvidos à natureza. Um filhote de bicho-preguiça passará por reabilitação no
Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama.
A fiscalização aplicou, no total, 22 autos de infração e
duas multas, que ultrapassam R$ 1,3 milhão.
“Essas atividades desrespeitam a legislação ambiental. Os
animais são capturados na natureza e mantidos em cativeiro ilegalmente, onde
sofrem maus tratos para serem expostos aos turistas”, disse o coordenador da
operação, Geandro Pantoja.
De acordo com Ibama, a pena para esses crimes varia de seis
meses a um ano de detenção, além de multa por animal mantido ilegalmente, no
valor de R$ 500 até R$ 5 mil, caso a espécie esteja ameaçada de extinção.
A reportagem não conseguiu contato com os alvos da operação
do Ibama.
Por Bianca Paiva – Agência Brasil
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