São 3,4 quilômetros de concreto e poluição, que estão com os dias contados.
13 de novembro de 2016 • Atualizado às 22 : 00
13 de novembro de 2016 • Atualizado às 22 : 00
Além das trepadeiras, o Minhocão deve ganhar árvores, guarda-sóis, cor e muito mais vida. |
Foto: Divulgação
A proposta é muito simples e barata. Segundo Nik Sabey, um dos criadores do projeto, a ideia é colorir e dar mais vida ao minhocão. “Seja como for, ele precisa ser verde”, comenta o publicitário e ambientalista. De acordo com ele, não é necessário muito mais do que mudas de plantas conhecidas como “trepadeiras”, árvores e alguns fios de aço.
As movimentações para que este sonho se torne realidade já começaram. O primeiro “plantio” ocorreu em um dos acessos próximo à Praça Roosevelt. O segundo local já foi escolhido e, inclusive, até tem uma trepadeira. No espaço, o único trabalho será instalar um cabo conecte a planta ao outro lado da avenida. O bacana deste tipo de vegetação é que ela se espalha naturalmente, sem que seja necessária muita manutenção, principalmente depois que ela já “pegou”.
A ideia é fazer isso por toda a extensão do elevado. São 3,4 quilômetros de concreto e poluição, que estão com os dias contados. Os movimentos já articulam os próximos passos e o projeto já foi desenhado profissionalmente para que toda a população consiga visualizar o que pode ser feito, quais benefícios a mudança pode oferecer e como uma obra tão feia e criticada pode ser renovada.
Além das trepadeiras, o Minhocão deve ganhar árvores, guarda-sóis, que garantirão uma sombrinha aos frequentadores do Parque Minhocão, muito mais cor e vida. Os idealizadores querem usar espécies de plantas nativas, comestíveis e que tenham flores, para resgatar a biodiversidade original que se perdeu no meio da urbanização.
Jardins Verticais
Nik Sabey explica que um dos fatores que o incentivou a criar este projeto foram os jardins verticais instalados em prédios próximos ao minhocão. “Eu comecei a passar pela região com mais frequência e quando eu vi o primeiro jardim vertical, eu achei demais. Depois eu fiquei decepcionado quando descobri que eram feitos como compensação ambiental. Aí eu comecei a falar: tem que ter uma saída.”
O principal motivo para a inquietação do publicitário foi pelo fato de que, com os altos custos de um jardim vertical, muitas árvores poderiam ser plantadas nas cidades, proporcionando benefícios em uma escala muito maior.
Foi a partir daí que ele começou a estudar soluções mais acessíveis em termos de implantação, sem que fossem necessários grandes investimentos estruturais, e em termos de manutenção, já que não é possível ter uma equipe regando plantas ou uma tecnologia automatizada que faça isso diariamente. A solução foi simples: trepadeiras, que, segundo ele são “soluções que fazem a diferença e que são muito simples de serem instaladas”.
Acompanhe a página do movimento “Novas Árvores Por Aí” e saiba como fazer parte deste projeto.
Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo
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