sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
O sistema elimina bactérias, vírus, amebas e parasitas e é ideal para ser aplicado em locais que não têm saneamento.
O desejo de encontrar soluções sustentáveis para o problema da falta de
água potável – que chega a assolar um bilhão de pessoas neste planeta – é
o que move o casal de empreendedores suecos Annika Johansson e Greger
Nilsson. Juntos, eles criaram o kit de purificação de água Greenwater,
que conta com uma combinação de tecnologias: luz ultravioleta (UV) e
energia solar.
O sistema de purificação da Greenwater elimina da água as bactérias
patogênicas, vírus, amebas e parasitas, inclusive bactérias resistentes
ao cloro, de maneira sustentável. O sistema tem capacidade para filtrar
600 litros por hora, o que equivale a um consumo diário, em média, de 80
pessoas.
Carregado por energia solar, o kit dispensa o uso da eletricidade vinda
da rede, facilitando sua aplicação em regiões com pouca infraestrutura,
sem acesso à energia elétrica. Além disso, o equipamento é portátil,
tornando o transporte muito mais simples.
“As soluções da Greenwater podem ser aplicadas em diversos contextos: de
situações críticas, como catástrofes, em que a infraestrutura de
uma região é devastada, não restando qualquer possibilidade de acesso
à água potável, passando por países ou comunidades carentes de um
sistema de água e esgoto, até empresas que estejam em busca de
soluções sustentáveis e inovadoras para o tratamento, seja para a
entrada (input) ou para a saída (output), da água”, explica Greger
Nilsson, responsável pela área de desenvolvimento.
Primeiros testes
Em abril, a equipe da Greenwater fez os primeiros testes de campo em
Ruanda, na África, com sucesso. Agora, a empresa finaliza algumas
adaptações do Kit para torná-lo ainda mais eficiente para o tipo de água
daquela região. O país africano deve receber 25 unidades do
equipamento, que serão instaladas em escolas, hospitais, centros
comunitários, entre outros.
No Brasil
O Brasil também está no cronograma de testes da companhia. O objetivo é
atingir dois grupos: um deles é formado por comunidades carentes, como
favelas, e populações que vivem em regiões afastadas dos centros
urbanos, muitas vezes sem acesso a saneamento e água potável. O outro
grupo é formado pelos setores da construção civil, principalmente nos
novos projetos de condomínios e casas autossustentáveis, e pela
agricultura de diversos portes.
“Nossa meta é, antes de mais nada, entender as necessidades específicas
de cada comunidade, e então oferecer a solução mais adequada, num
diálogo sustentável”, explica Telma Gomes, gestora internacional do
projeto. “Trabalhamos alinhados à meta número seis dos 17 objetivos de
desenvolvimento sustentável, compilados pela ONU, que é assegurar a
disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos até
2030.”
Fonte: Ciclo Vivo
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