quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
A Agência Nacional de Águas (ANA) publicou nesta terça-feira (20) o
Informe 2016 do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil.
Esta nova edição atualiza a versão do ano anterior e dá amplo destaque
aos efeitos da disponibilidade hídrica para os usos múltiplos diante da
recorrência de secas históricas, em especial aquelas ocorridas no
Semiárido brasileiro. A nova edição do Informe está disponível para
download no site da ANA.
Atribuição conferida à ANA pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH) por meio da Resolução nº 58/2006, o relatório pleno Conjuntura
dos Recursos Hídricos no Brasil é elaborado a cada quatro anos pela ANA,
que também publica anualmente informes com atualizações de conteúdo –
como é o caso desta versão, que traz dados e análises disponíveis até
dezembro de 2015.
O Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil é fruto de um extenso
trabalho feito com cerca de 50 instituições parceiras, disponibilizando a
informação mais atual possível. Fazem parte dessa rede de instituições
parceiras os órgãos gestores estaduais de meio ambiente e recursos
hídricos, além de órgãos federais, como a Secretaria Nacional de
Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do Ministério do Meio
Ambiente (MMA) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Dividido em três grandes capítulos, o Informe 2016 traz informações
relevantes sobre o estado da arte dos recursos hídricos no Brasil,
relacionando-as com a disponibilidade hídrica e a gestão em território
nacional.
Um dos apontamentos do Informe 2016 do Conjuntura diz respeito às
anomalias de precipitações ocorridas em 2015, especialmente nas Regiões
Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, além de chuvas muito intensas na
Região Sul do País. O ano 2015 foi marcado por elevadas precipitações
principalmente no Sul do Brasil enquanto que várias partes do país
registraram baixas precipitações, com probabilidade de ocorrência
inferior a 1%, como ocorreu em Roraima, por exemplo. No Nordeste houve
um aumento da intensidade da seca em relação ao registrado em 2014, com
destaque para a severidade da seca observada no Maranhão e no Piauí.
De acordo com a publicação, apesar de o ano de 2015 não ter sido
caracterizado como extremamente seco, ainda assim a recuperação do
volume de água armazenado nos reservatórios brasileiros não foi
satisfatória.
As vazões afluentes aos reservatórios das UHEs Sobradinho e Furnas, por
exemplo, permaneceram próximas às vazões mínimas historicamente
aferidas, considerando os registros históricos do período de 1931 a
2011. No Sudeste, o Sistema Cantareira e o Sistema Hidráulico do Rio
Paraíba do Sul também não tiveram seus volumes de água armazenada
recuperados em 2015. O relatório mostra também um deslocamento da seca
da Região Sudeste para o norte de Minas Gerais.
Conheça a íntegra do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2016 clicando aqui.
Fonte: EcoDebate
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