segunda-feira, 12 de junho de 2017
A estimativa do jovem é de coletar cerca de 50% da “Grande Porção de Lixo do Pacífico” em apenas cinco anos.
Em 2013, o CicloVivo contou a história de um holandês de apenas 19 anos
que havia desenvolvido um sistema inovador para limpar os lixos
plásticos do oceano. Quatro anos se passaram e agora o garoto já prevê o
lançamento de seu equipamento no mercado em 2018.
Boyan Slat era apenas um estudante quando realizou uma viagem de
mergulho na Grécia. Na época, ele ficou surpreso com a quantidade de
resíduos encontrados no mundo subaquático e uma vez de volta à terra
decidiu que precisava fazer algo para ajudar a resolver o problema.
Segundo o desenho apresentado por Slat inicialmente, a máquina tem a
aparência de uma arraia e é equipada com pás gigantes que ajudam a
aglomerar todo o resíduo. Depois de centralizar todo o material, ele é
direcionado às plataformas que separam os plânctons, filtram o lixo e
armazenam o plástico para a reciclagem.
Para viabilizar seu projeto ele conseguiu arrecadar 320 milhões de
dólares. A estimativa do jovem é que o sistema colete cerca de 50% da
“Grande Porção de Lixo do Pacífico” (uma ilha de lixo localizada no
oceano Pacífico) em apenas cinco anos. Anteriormente, o cálculo era de
que o equipamento levaria mais de dez anos para coletar 42%.
A promessa de maior velocidade para retirar o lixo deve-se a uma
inovação de design aplicada nos últimos anos. Ao invés de todas as
bombas do equipamento irem até as profundezas do oceano, elas ficam
suspensas na água, mas anexadas com âncoras. Tais âncoras podem flutuar
mais facilmente seguindo o fluxo da água, pois a mesma força que moverá o
plástico também moverá o sistema de limpeza. Ou seja, as âncoras vão
atrás do plástico como imãs.
Cientistas estimam que apenas na ilha de lixo do Pacífico haja trilhões
de peças plásticas flutuando. A preocupação de Slat é recolher todo esse
lixo antes que cada pecinha se transforme em microplásticos impossíveis
de serem capturados. “Isso é o que mais me assusta. Devemos desarmar
esta bomba relógio logo”, afirma.
De acordo com as pesquisas de sua equipe, por enquanto “apenas” três por
cento dos plásticos ali são microplásticos – a maioria ainda é grande o
suficiente para serem retiradas com o sistema. Seguindo as medições de
seu grupo e programas computadorizados, o holândes está confiante de
poder capturar toneladas de plástico anualmente até que todo o mar
esteja limpo.
Fonte: Ciclo Vivo
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