- segunda-feira, 03 julho 2017 20:50
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Depois de reduzir o orçamento da Agência Ambiental Americana (EPA) e de ter retirado os Estados Unidos do Acordo de Paris, a administração Trump tenta lançar mais um dardo contra o meio ambiente. Dessa vez, o chefe da EPA, Scott Pruitt, pretende lançar um programa que visa questionar a ciência das mudanças climáticas. É o que afirma o Jornal Washington Post. O secretário de Energia, Rick Perry, também estaria envolvido na condução desse programa.
Os críticos dizem que esse plano é uma tentativa de destruir um consenso há muito tempo estabelecido, de que a atividade humana está alimentando o aumento da temperatura da Terra. Outra preocupação é se esse programa se estenderia a outras agências federais, como a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, que faz parte do Departamento de Comércio dos Estados Unidos; o Escritório de Ciência e Tecnologia da Casa Branca e a NASA, que segundo funcionários da Casa Branca, são órgãos que, de alguma forma, conduzem as pesquisas climáticas.
Uma infinidade de análises científicas tem sido realizadas ao longo dos anos, e esses documentos concluem que a atividade humana, como a queima de combustíveis, está contribuindo para as mudanças climáticas e colocando o meio ambiente e a vida humana em risco. Mas essa conclusão, compartilhada pela maioria dos cientistas americanos e do mundo inteiro não tem sido suficiente para impedir Scott Pruitt, Rick Perry e outros agentes da administração Trump de levantar dúvidas.
O programa de questionamento das mudanças climáticas é o resultado da campanha presidencial de Donald Trump em 2016, que afirmou que “ninguém sabe realmente se a mudança climática é real”.
Os funcionários da Agência Ambiental Americana se recusam a expor em público suas críticas e opiniões sobre a condução do atual presidente dos Estados Unidos em relação à pasta ambiental, com medo de represálias.
A EPA, sob a chefia de Scott Pruitt, em abril, retirou do site oficial da agência a página dedicada às mudanças climáticas e que destacava o consenso científico de que as alterações no clima eram causadas pela ação humana.
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