Geraldo Alckmin diz que vetará Segunda Sem Carne
- quarta-feira, 03 janeiro 2018 16:35
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin prometeu vetar o Projeto de Lei nº 87/2016, conhecido como “Segunda Sem Carne”, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho (PSC-SP). A informação partiu do próprio governador, na terça-feira (2), em entrevista ao programa Mercado & Companhia, do Canal Rural.
Os deputados federais da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovaram no dia 27 de dezembro, o Projeto de Lei que proíbe o consumo de qualquer proteína animal e derivados em órgãos públicos do estado, como restaurantes públicos e escolas. Para o autor do PL, o deputado Feliciano Filho, que é vegetariano, o objetivo da lei é chamar a atenção da sociedade sobre as consequências do consumo de carne e de seus derivados, tanta para a saúde quanto para o meio ambiente.
O projeto de Feliciano é inspirado num movimento que existe em mais de 35 países. A campanha Segunda Sem Carne, que começou em São Paulo em 2009, numa parceria da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) da prefeitura, tem como objetivo incentivar as pessoas a descobrir novos sabores e diminuir o consumo de produtos de origem animal pelo menos num dia da semana.
Ao ser aprovada pela assembleia, a medida gerou protestos de representantes dos setores da Agroindústria, que afirmaram que entrariam com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade caso o governador sancionasse.
Em entrevista ao Canal Rural, Geraldo Alckmin afirmou que o Projeto restringe o direito de decisão da população e subestima a capacidade de julgamento e que seria um excesso de intervenção do Estado. “Embora bem intencionado, o projeto é equivocado, pois cerceia o direito das pessoas e desconsidera a capacidade de tomar decisões sobre sua própria alimentação”, disse o governador.
Alckmin afirmou ainda que a lei poderia trazer prejuízo para os alunos porque a substituição de proteína por carboidrato poderá aumentar a obesidade. Além disso, a medida geraria um impacto econômico significativo. “Além do impacto no emprego, são 10 milhões de pessoas direta ou indiretamente que vivem na cadeia produtiva da proteína animal, que é saúde para a população”.
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