terça-feira, 23 de outubro de 2018

Parque dos Falcões: O santuário das aves de Rapina




Parque dos Falcões: O santuário das aves de Rapina


As aves de rapina ou rapinantes são o grupo formado por todas as aves carnívoras, que possuem características específicas para a caça, como por exemplo garras afiadas, bico curvo e afiado para rasgar a carne e também uma visão aguçada e um vôo poderoso. Unindo todas essas ferramentas, esse grupo de aves se torna eficiente e muito ágil na hora de capturar sua refeição.


As aves de rapina representam 10% de todas as aves que conhecemos no mundo, sendo que a maioria das espécies pode ser encontrada no Brasil.
Se você é um amante dessas poderosas belezas da natureza, você com certeza precisa conhecer o Parque dos Falcões, localizado há 45km de Aracajú-SE.

A experiência única que o local oferece encanta não somente quem é fascinado por essas aves, mas também pessoas que nunca imaginaram que estar com elas é algo tão incrível assim. No Parque dos Falcões, o  visitante recebe a chance de ter um contato íntimo com as aves e de brinde ainda leva uma super selfie para casa.

O Parque dos Falcões possui  uma área de 3.500 km² de Organização Não Governamental (ONG) mantida por José Percílio e Alexandre Correia. O primeiro a entrar de cabeça nesse sonho foi Percílio, enquanto Alexandre se juntou ao projeto em 1999, dando início a uma parceria que continua até os dias de hoje.
Mas a história por trás do projeto começou bem antes! Quando Percílio tinha ainda apenas 7 anos, ele foi presenteado com um ovo de Carcará (Caracara plancus) e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Atualmente, Tito tem 27 anos e o Instituto está cuidando de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, etc.


O Parque dos Falcões também conta com a autorização e apoio do IBAMA, para a criação das aves em cativeiro e é referência mundial referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação dessas aves.

Muitas das aves do Parque, são vítimas da crueldade humana, através de tráfico de animais, multilação e também maus tratos em cativeiros ilegais. Esses animais chegam até lá trazidas pelo Ibama e Corpo de Bombeiros, para que recebam o cuidado necessário para se recuperarem da melhor forma possível. Quando chegam ao local, as aves mal tratadas estão ariscas e com muito medo do contato com humanos, mas graças a dedicação de toda a equipe, logo os animais se sentem mais seguros e se adaptam às visitas de pessoas aoparque e conseguem ter a sua recuperação total ou parcial, dependendo do nível do trauma sofrido.
Após o período de recuperação completo, algumas das aves recebem a chance de reintegração à natureza, enquanto outras não podem e ficam no Parque, recebendo cuidados diários para uma melhor qualidade de vida.

As aves que sofrem maus tratos também passam pelo trabalho de reprodução em cativeiro e graças a dedicação da equipe do local e de Percílio, os filhotes gerados já superaram as expectativas.

Quanto ao treinamento das aves, ao contrário da falcoaria tradicional da Ásia e Europa, que treina as aves para caçar ao lado de humanos, Percílio se concentra em fazer com que a população entenda o verdadeiro papel das aves de rapina na natureza, e as vejam como predadoras com papel fundamental na cadeia alimentar e não como “assassinas sanguinárias”.

No Instituto, os adestradores identificam e reproduzem cada vocalização da ave, criando um diálogo com ela e assim envia comandos de defesa, ataque, alerta, ou mesmo cumprimentos por meio de sons guturais produzidos na “linguagem” das aves. “O segredo está na vocalização”, explica José Percílio. “Através da identificação de cada som produzido pela ave, sabemos o que ela quer. Há sons de ataque, pedido de carinho, e outros que avisam sobre a chegada de pessoas”.
De três quatro vezes por semana, todas as 32 aves adestradas do Parque voam em pequenas viagens no exercício chamado de punho-a-punho – a longas distâncias – nos voos livres pela serra. Ao som do apito ou da própria voz do treinador, as aves simulam ataques a presas imaginárias.


Cada espécie de ave precisa realizar um treinamento individual, pois só assim as necessidades de cada espécie são colocadas em prioridade.  “Treinamento é tudo. Por serem  aves de rapina, elas precisam se exercitar de forma a queimar gordura e atingir o peso ideal”, explica Ricardo Alexandre. 


“A vida dessas aves está associada ao vôo. É através dele que, na natureza, essas espécies buscam alimento. O treinamento permite que os falcões mantenham a forma e estejam prontos para qualquer tarefa”.


O Parque dos Falcões está nos roteiros de passeios ecoturísticos do Estado de Sergipe, e além das aves de rapina, oferece um passeio guiado pelas no Parque Nacional Serra de Itabaiana, com quem faz fronteira.


O Parque não trabalha de forma exploratória, mas precisa de dinheiro para cuidar das aves, uma vez que não recebe apoio do  governo para se manter. Sendo assim, para cada visita, é preciso pagar uma tarifa de acesso. Para mais informações sobre o local e como visitar, veja abaixo!
TARIFA DE ACESSO

Adultos: R$ 25,00
Crianças de 8 a 12 anos: R$ 15,00
Crianças até 7 anos: acesso livre
Todas as visitas ao Parque dos Falcões devem ser previamente agendadas e ocorrem somente às 9h e às 14h. Faça seu agendamento através dos telefones: (79) 99962-8396 | 99885-2522 | 99945-9020.


AGENDAMENTO
Todas as visitas ao Parque dos Falcões devem ser previamente agendadas e ocorrem somente às 9h e às 14h.


Faça seu agendamento através dos telefones: (79) 99962-8396 | 99885-2522 | 99945-9020.
*As visitas turísticas incluem apresentação oral e audiovisual da história, missão e técnicas de manejo do Instituto; apresentação dos hábitos de vida das aves de rapina; e fotografias com os animais em punho.

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