Atos contra política ambiental de Bolsonaro são realizados em capitais pelo Brasil
Atos aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; no mesmo momento, Bolsonaro fez pronunciamento na TV aberta.
Manifestantes
lotaram as ruas de diversas capitais do País nesta sexta-feira (23)
para protestar contra o desmatamento da Amazônia e chamar atenção para
as política ambientais do governoJair Bolsonaro, que gerou crise internacional.
Atos foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Desde o início da tarde de hoje, estudantes, ativistas e membros de ONGs fecharam a Avenida Paulista com gritos de “Fora, Salles”, contra Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, e “Bolsonaro sai, a Amazônia fica”.
Manifestação foi organizada por integrantes do grupo #AmazôniaNaRua, que contava com mais de 12 mil pessoas confirmadas em evento do Facebook. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, cerca de 5 mil pessoas iniciaram o ato.
Atos foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Desde o início da tarde de hoje, estudantes, ativistas e membros de ONGs fecharam a Avenida Paulista com gritos de “Fora, Salles”, contra Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, e “Bolsonaro sai, a Amazônia fica”.
Manifestação foi organizada por integrantes do grupo #AmazôniaNaRua, que contava com mais de 12 mil pessoas confirmadas em evento do Facebook. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, cerca de 5 mil pessoas iniciaram o ato.
Em
Brasília, o ato reuniu cerca de 500 pessoas na Esplanada dos
Ministérios. Manifestantes vestiam máscaras hospitalares como protesto (veja imagem acima) e em referência à má qualidade do ar no Brasil devido às queimadas.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que as queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto de 2019 em relação ao mesmo período de 2018, representando a maior alta em sete anos.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que as queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto de 2019 em relação ao mesmo período de 2018, representando a maior alta em sete anos.
No
Rio de Janeiro, centenas de manifestantes se reuniram na Cinelândia e
caminharam até o prédio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), que é gestor do Fundo Amazônia, bradando em coro
“Fora, Salles”, assim como em São Paulo. Segundo o Estadão, mais de 5 mil pessoas participaram do ato, de acordo com organizadores.
Já em Curitiba, segundo a Folha, um grupo de indígenas realizou uma apresentação antes de uma caminhada que reuniu centenas de pessoas pelo Centro Cívico, na região central da cidade, onde ficam prédios do governo.
Já em Curitiba, segundo a Folha, um grupo de indígenas realizou uma apresentação antes de uma caminhada que reuniu centenas de pessoas pelo Centro Cívico, na região central da cidade, onde ficam prédios do governo.
Protestos pela Amazônia fora do País
Também
houve protestos fora do país. Milhares de ativistas protestaram do lado
de fora da embaixada do Brasil na França nesta sexta-feira, no momento
que se intensificam as divergências entre os líderes dos dois países na
área ambiental, e manifestações semelhantes ocorreram em Londres.
Atos também foram registrados em Paris (França), Madri (Espanha), Dublin (Irlanda), Barcelona (Espanha), Lisboa (Portugal), Berlim (Alemanha), Genebra (Suíça), Nápoles (Itália), Amsterdã (Holanda).
Na América Latina, manifestações ocorreram em Arequipa (Peru), Buenos Aires (Argentina) e Cidade do México (México).
Atos também foram registrados em Paris (França), Madri (Espanha), Dublin (Irlanda), Barcelona (Espanha), Lisboa (Portugal), Berlim (Alemanha), Genebra (Suíça), Nápoles (Itália), Amsterdã (Holanda).
Na América Latina, manifestações ocorreram em Arequipa (Peru), Buenos Aires (Argentina) e Cidade do México (México).
Pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional
No momento em que acontecem protestos pelo País em favor da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro,
na noite desta sexta-feira (22), fez pronunciamento em rede nacional,
no qual disse que Brasil é “exemplo de sustentabilidade” e que terá
“tolerância zero com a criminalidade” ao se referir às queimadas.
No pronunciamento, o presidente anunciou que autorizou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem, ou seja, apoio do Exército no combate ao desmate. “Somos um governo de tolerância zero com a criminalidade, e na área ambiental não será diferente. Por essa razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia Legal. Com relação àqueles que a aceitarem, autorizarei operação de Garantia da Lei e da Ordem, uma verdadeira GLO ambiental.”
A
informação, no entanto, não é verdade. Segundo o Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia (Ipam), não é possível atribuir as queimadas à
seca. Os municípios com maior índice de focos de incêndio também são os
com maior índice de desmate.
Após reação das ONGs envolvidas e de líderes de governos estrangeiros, como o presidente francês, Emmanuel Macron, Bolsonaro admitiu que poderia haver envolvimento de fazendeiros nas queimadas e reconheceu que elas eram prejudiciais ao país.
Ao final, o presidente afirmou que não espera punições devido à atuação de seu governo na Amazônia. “Incêndios florestais existem em todo o mundo, isso não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais”, disse.
No pronunciamento, o presidente anunciou que autorizou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem, ou seja, apoio do Exército no combate ao desmate. “Somos um governo de tolerância zero com a criminalidade, e na área ambiental não será diferente. Por essa razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia Legal. Com relação àqueles que a aceitarem, autorizarei operação de Garantia da Lei e da Ordem, uma verdadeira GLO ambiental.”
Segundo
o presidente, “o emprego de pessoal e equipamentos das Forças Armadas,
auxiliares e outras agências permitirão não apenas combater as
atividades ilegais como também conter o avanço de queimadas na região”.
O presidente, que nesta semana chegou a sugerir que ONGs ligadas à preservação do meio ambiente estariam por trás do crescente número de queimadas, minimizou críticas ao afirmar que queimadas sempre acontecem.
“Estamos
numa estação tradicionalmente quente, seca e de ventos fortes, em que
todos os anos infelizmente ocorrem queimadas na região amazônica”
Após reação das ONGs envolvidas e de líderes de governos estrangeiros, como o presidente francês, Emmanuel Macron, Bolsonaro admitiu que poderia haver envolvimento de fazendeiros nas queimadas e reconheceu que elas eram prejudiciais ao país.
Ao final, o presidente afirmou que não espera punições devido à atuação de seu governo na Amazônia. “Incêndios florestais existem em todo o mundo, isso não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais”, disse.
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