sexta-feira, 13 de março de 2020

Nasa divulga imagens de focos de incêndio “fora de hora” no Pantanal

Nasa divulga imagens de focos de incêndio “fora de hora” no Pantanal

Se estivéssemos em julho ou agosto – meses secos e típicos de focos de incêndio e queimadas -, as imagens divulgadas esta semana pelo site Earth Observatory, da NASA, não chamariam tanto a atenção. Mas elas foram capturadas há poucos dias, em 4 e 8 de março, no último mês do verão, época em que a umidade na mata deveria ser intensa devido às chuvas frequentes, comuns neste período, e o Pantanal já deveria estar alagado.

Num cenário considerado normal, incêndios provocados por raios ou por fazendeiros neste mês não encontrariam clima para se expandir, mas as chuvas de janeiro, fevereiro e março deixaram a desejar em muitas áreas do Mato Grosso do Sul.

E, em janeiro – apenas dois meses após a explosão dos incêndios na região e durante (o que deveria ser) a estação das chuvas -, os incêndios voltaram e invadiram o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.

As imagens capturadas pela NASA são um registro incomum da região. Elas mostram densa pluma de fumaça oriunda de um foco de incêndio à leste do parque, próximo de local de incêndio de grandes proporções em janeiro deste ano.

A maior parte dos focos de incêndio registrados este ano se concentra nos municípios de Corumbá (MS) e Poconé (MT), de acordo com um artigo publicado pelo site Mongabay). De acordo com o site da Nasa, o número de focos detectados na região pelo satélite Aqua/ MODIS – entre 1o. de janeiro e 9 de março -, representa apenas 5% do total do registrado no ano passado. Por isso, o cientista sênior do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Alberto Setzer, disse ao site que não vê motivo para preocupação: “Como a maioria dos incêndios no Pantanal ocorre entre julho e dezembro, não vemos nenhuma razão específica para alarme, neste momento”.

A foto abaixo foi feita em 4 de março e revela o incêndio de forma mais detalhada: dá pra ver a área já queimada.
Na imagem seguinte, que revela uma perspectiva mais ampla, é possível ver o fogo queimando ao norte das áreas unidas próximas do Rio São Lourenço.
Fotos: Divulgação/NASA (as imagens foram capturadas pelo satélite Terra, com o sensor MODIS – Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, operado pela NASA
Fonte: Earth Observatory/Nasa


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