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Pantanal tem aumento de mais de 200% nas queimadas em julho em comparação a 2019
A prova de que os incêndios estão mais intensos do que em anos anteriores foi confirmada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que divulgou dados ontem (03/08) revelando que as queimadas no mês de julho no Pantanal foram 240% maiores do que no mesmo período do ano passado.
De acordo com o instituto, foram registrados 1.684 pontos de incêndio no bioma no mês passado, o número mais alto para julho desde que se começou a coletar esses dados em 1998. No ano passado, foram observados 494 focos de calor.
Só no Mato Grosso do Sul, entre janeiro e julho deste ano foram detectados 3.623 mil focos de incêndio, um aumento de 88% em relação ao primeiro semestre de 2019.
No último dia 1o de julho, o governo do estado decretou emergência ambiental no Pantanal.
Os pantaneiros estão acostumados com a temporada das queimadas na região, que normalmente, começa em agosto e vai até outubro. O clima nessa época do ano fica mais seco, sem chuvas e os ventos são mais fortes. Mas estão assustados com a situação atual.
Na verdade, em março, a Nasa havia divulgado imagens de focos de incêndio “fora de hora” por lá.
O fogo atinge regiões remotas, o que torna o controle mais difícil
Em 15 de julho, o governo federal decretou uma moratória do fogo, proibindo queimadas por 120 dias tanto no Pantanal, como na Amazônia. O que ocorre é que muitos produtores colocam fogo em suas propriedades para “limpar” o solo e assim, poder plantar novamente e fazer pastagem para o gado. Como a vegetação já está seca, qualquer fagulha se torna o estopim para incêndios de grandes proporções.
Em 2019, o Pantanal também sofreu com o fogo. Dados do Inpe mostraram que no ano passado houve um salto de 493% nos focos de queimada, seis vezes maior do que em 2018 (leia mais aqui).
Fotos: Saul Schramm (abertura) e CBMS/Fotos Públicas
Jornalista,
já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo
da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e
2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras,
entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta
Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas,
energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em
Londres, vive agora em Washington D.C.
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