Amazónia à beira da destruição "irreversível"
A desflorestação e desmatamento a Amazónia terão atingido o valor máximo dos últimos 14 anos.
São dados oficiais, mas ainda preliminares que assinalam um ano devastador para o pulmão do mundo: mais 34 por cento de área ardida do que no ano anterior. A tradicional épocadas queimadas voltou e os especialistas dizem que estamos muito perto do ponto de não retorno.
Carlos Nobre, investigador do INPA, o instituto governamental brasileiro que monitoriza a situação na Amazónia, não tem dúvidas que estamos à beita do ponto de não retorno. " Quando toda esta área começar a tornar-se numa savana, é irreversível. É um processo irreversível que demora 30 a 50 anos. Depois disso, 60% a 70% da floresta amazónica estará convertida numa savana," avisa.
Há uma nuvem de fumo que resiste à passagem dos dias nesta região do Pará. Terá sido aqui, em Novo Progresso, que começou o movimento que há um ano organizou o "Dia do Fogo". Mas há aqui quem viva para proteger a floresta. Nubia Machado, é professora e pede que "se um crime ambiental foi cometido por A, B ou C, essas pessoas não devem ser tomadas como o estereótipo dos habitantes de Novo Progesso".
Joaquim da Silva, agricultor paranense, garante que ele e "todos os vizinhos querem tomar conta da terra de forma legal".
Nas contas oficiais, a Amazónia brasileira perdeu no último ano 9 mil 205 quilómetros quadrados de floresta - uma área equivalente ao território de Chipre. A maioria em queimadas iniciadas em Agosto e Setembro do ano passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário