segunda-feira, 1 de março de 2021

Cidades estão tão pesadas que começam a afundar na crosta

 Fotógrafo registrou o anoitecer de grandes cidades do mundoVou na Janela |  Blog de viagens

 

 Cidades estão tão pesadas que começam a afundar na crosta

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Fenômeno pode gerar inundações e criar novas falhas geológicas

Uma pesquisa, realizada pela agência United States Geological Survey (USGS), revelou que o peso de grandes metrópoles tem feito com que elas afundem, aos poucos, na crosta terrestre. O geofísico Tom Parsons confirmou sua tese ao realizar um estudo de caso na cidade de São Francisco, Estados Unidos.

foi feito na região, reunindo o peso de todos os edifícios da cidade. Os cálculos apontaram uma carga de 1,6 trilhão de quilos, o equivalente a 8,7 milhões de Boeings 747. A estimativa sequer considera as demais infraestruturas, veículos ou o peso dos 7,75 milhões de pessoas que moram na cidade, o que faria o valor aumentar.

Mesmo assim, somente o peso retratado já pode ser suficiente para entortar a litosfera, camada sólida externa do planeta Terra, e causar novas falhas geológicas, responsáveis por terremotos.

De acordo com os cálculos, foi constatado que, ao longo de seu crescimento, a cidade afundou cerca de 80 milímetros na crosta. Esse índice, aliado ao aumento do nível do mar, representa uma preocupação para os cientistas, já que inundações podem ser geradas futuramente. De acordo com as estimativas dos pesquisadores, a área da baía deve sofrer 300 mm de aumento do nível do mar até 2050.

– À medida que as populações globais se movem desproporcionalmente em direção às costas, essa subsidência adicional, em combinação com o aumento esperado do nível do mar, pode exacerbar o risco associado à inundação – conta Tom Parsons.

O pesquisador acredita que os resultados de seu estudo em São Francisco podem ser aplicados a qualquer outro centro urbano litorâneo, desde que com gravidades variadas.

Para ele, as zonas de inundação deveriam ser cuidadosamente analisadas à medida que o nível do mar se eleve. Assim, estudos, fotos de satélite ou imagens aéreas poderiam ser utilizadas para subsidiar planos de risco.

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