https://www.al-monitor.com/contents/articles/videos/egypts-pigeon-racing-champion.html
Homing pigeons will travel hundreds of miles to get back to their owner. That makes them perfect for Egypt’s racing fanatics. (video)
Activists posting on social media in solidarity with Palestinians during the latest conflict with Israel were obstructed by censors. Some Egyptians found a workaround by using an old Arabic script.
Cairo’s architectural heritage has long been neglected, but one project is restoring awareness to its importance. The team is filming short documentaries to help Egyptians rediscover the city’s many ancient neighborhoods.
A mob boss’ barrage of corruption allegations against Turkey’s government have sent the country into disarray. The claims are now taking a new direction by highlighting the growing Turkish role in global drug smuggling.
Ramadan might be over, but this TV series from the holy month is still causing controversy among Egyptians. The plot of “Newton’s Cradle” tackled many thorny issues such as verbal diverse and marital rape.
A história dos pombos correio é tão antiga quanto a própria humanidade e para
compreendê-la é necessário observar e ler os relatos antigos pinturas, pergaminhos, altos e baixos relevos
entalhados por artistas da Antigüidade em pedra, mármore, madeira e outros
materiais que contribuíram para perpetuar a história dos pombos correio através
dos milênios.
Aristóteles, Plínio, Heliano e outros já falavam do instinto dos pombos correio
para retornarem aos seus locais de nascimento ou para os locais onde se
aninhavam. Os pombais fixos e móveis dos romanos constituíam um importante
recurso na estratégia militar de suas legiões. Havia pombais que possuíam seis
mil pombos convenientemente treinados, segundo observa-se até hoje em baixos
relevos esculpidos no Capitólio Romano.
Os pombais fixos e móveis montados entre torres corriam por toda a costa do Mediterrâneo. Eram constituídos de jaulas de fácil transporte, assim se explicando como César e seus comandantes de legiões podiam ser informados tão rapidamente dos movimentos de seus inimigos sufragando a tempo conflitos e rebeliões. Devido a isso, no topo dos cetros usados pelos generais romanos em cerimônias triunfais, via-se um pombo correio entalhado em madeira rara, ouro ou prata. Por outro lado, navios romanos também possuíam pombais móveis a bordo. Ainda no Império Romano os resultados das lutas entre gladiadores eram anunciados aos amigos e parentes distantes por meio dos pombos correio.
Já no Egito, o governo anunciava as
altas e baixas do Rio Nilo, usando o mesmo sistema de comunicação, objetivando
alertar moradores e lavradores em suas margens. Como se vê a origem dos pombos
correio é remotíssima. As primeiras referências que se tem conhecimento, além
das bíblicas, remontam à quinta dinastia egípcia, cerca de três mil anos antes
de nossa era. Na Síria, os pombos eram aves sagradas. Na Pérsia, sua criação
era privilégio apenas dos maometanos, havendo cristãos que se convertiam de
religião apenas para poder criá-los.
Passados anos e com a chegada da era moderna, os pombos correio passaram a ser
criados para competição (pombos de corrida). O primeiro concurso de pombos
correio efetuou-se na Bélgica em 15 de julho de 1820. Entretanto, na Guerra de
1914 e na Segunda Guerra Mundial tiveram papel relevante. Mais recentemente,
foram utilizados pelos americanos nas guerras da Coréia e do Vietnã, quando
mais uma vez provaram ser ainda um útil e importante elemento como instrumento
de comunicação.
Os pombos dividem-se em selvagens e domésticos, que por sua vez dividem-se em
três grupos: pombos de corte, embora todos os grupos possam ser criados para
servir de alimento; pombos ornamentais, os quais compreendem a maioria das
raças criadas em todo o mundo; e pombos correio, atualmente denominados de
pombos de corrida, os quais são conhecidos por seu desenvolvido instinto de
retornar ao local onde nasceram ou foram criados desde jovens. Atualmente, os
maiores criadores e competidores do mundo são Bélgica, Polônia, Holanda,
Espanha, Portugal, Alemanha e China com finalidade esportiva.
O mistério do instinto dos pombos correio ainda é uma incógnita. Sabe-se que a
visão, a memória e o grande amor pelo pombal onde foi criado fazem que quando
soltos a grandes distâncias (até mais de mil quilômetros) retornem ao seu lugar
de origem. Pesquisas mais recentes elucidaram que o pombo correio, o salmão, o
homem e alguns outras animais possuem em certas células cerebrais cristais de
magnetita, um material magnético natural. Os cristais alinham-se no campo
magnético da Terra de um modo muito semelhante ao das agulhas de uma bússola
que é usada por essas espécies como um quadro de referência para navegação,
segundo Ratey J. John em seu livro “O cérebro: um guia para o usuário”, Rio de
Janeiro, Editora Objetiva Ltda. Mesmo assim, acreditamos que pouco se sabe
sobre o instinto do pombo correio e muitas pesquisas ainda nos restam.
A criação destas aves é relativamente fácil, bastando seguir os conceitos de
higiene e alimentação e a construção de um pombal simples, limpo e arejado. Quando
criados assim os pombos correio não adquirem doenças e nem as transmitem como a
maioria das pessoas tem idéia errada. Eles são tratados e alimentados como
verdadeiros atletas, são fortes, robustos e muito espertos. O período de
incubação é de 16 a 18 dias e a fêmea põem dois ovos.
A velocidade de um pombo correio é de 50 km/h, sendo que bem treinados podem
chegar a 60km/h. Filhotes com cinco meses de idade já podem ser treinados a uma
distância de até 300 km e quando adultos, em torno de um ano, podem retornar de
mais de mil quilômetros.
A Sociedade Columbófila do Paraná realiza torneios durante o ano e orienta
aqueles que desejam iniciar nessa atividade, realizando reuniões mensais com
seus sócios e simpatizantes.
Por: João Marcos Baroni, médico veterinário aposentado da UFPR
Nenhum comentário:
Postar um comentário