13 / 01 / 2011
Os impactos dos fogos de artíficio sobre o meio ambiente
(*) Vininha F. Carvalho
Sessenta e três anos depois da assinatura da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, o mundo necessita de uma nova declaração universal,
desta vez de obrigações humanas, tanto dos indivíduos quanto dos
estados, a fim de deter a progressiva deterioração do ambiente de nosso
planeta.
Quando mencionamos uma sociedade muito pouco ecológica, falamos de um
sistema capaz de destruir recursos naturais, sem se preocupar com a
enorme biodiversidade nele existente. Vivemos no século XX um verdadeiro
período de destruição em massa de animais e viveremos neste século XXI
outro ciclo de destruição em massa agora de seres humanos, se algo não
for feito para mudar nosso padrão de relacionamento com o meio ambiente.
sistema capaz de destruir recursos naturais, sem se preocupar com a
enorme biodiversidade nele existente. Vivemos no século XX um verdadeiro
período de destruição em massa de animais e viveremos neste século XXI
outro ciclo de destruição em massa agora de seres humanos, se algo não
for feito para mudar nosso padrão de relacionamento com o meio ambiente.
Enquanto o homem não aprender a preservar o que é bom e necessário para
sua própria vida, será muito difícil haver, de uma forma eficaz, a
efetuação em massa da conservação de bens coletivos. É válido lembrar
que coletivo não deveria ser encarado como sendo somente a natureza, mas
também o meio urbano, que é coletivo a todos, afinal, somos nós quem o
construímos e modificamos.
sua própria vida, será muito difícil haver, de uma forma eficaz, a
efetuação em massa da conservação de bens coletivos. É válido lembrar
que coletivo não deveria ser encarado como sendo somente a natureza, mas
também o meio urbano, que é coletivo a todos, afinal, somos nós quem o
construímos e modificamos.
Na vida, só existem processos. Os seres e objetos são apenas a parte
aparente desses processos. E todos eles (os processos), além de não
terem origem, não tem fim (vêm do infinito e vão para o infinito, em
constante movimento e transformação). Os seres que surgiram na água (as
primeiras formas de vida na Terra teriam surgido na água) evoluíram para
os peixes, plantas aquáticas etc. Os que experimentaram a vida fora da
água evoluíram para os répteis, batráquios, anfíbios etc. Os que se
adaptaram à vida fora da água evoluíram, no mesmo atrito com a natureza,
só que muito mais hostil, para as formas que aí estão, das aves aos
mamíferos, incluindo a espécie humana.
Tais processos duram bilhões de anos, acontecem no atrito constante
entre a espécie e a natureza, pela sua sobrevivência, e que garante a
evolução. Toda matéria orgânica, para poder sobreviver, precisa
reconhecer e entender a mensagem da mãe natureza, do contrário
sucumbe diante das suas reações. Não há nenhuma matéria orgânica viva,
no planeta, que não tenha um mínimo de entendimento de sua realidade
ecoambiental. Até mesmo o mais primário dos vegetais dispõe de grau
mínimo de entendimento , do contrário não teria se adaptado e já teria
desaparecido, como aconteceu com várias formas de vida.
Talvez seu cachorro corra até a porta quando você está para chegar em
casa. Perceba com antecedência a aproximação de uma tempestade e fique
desesperado quando ocorre a queima de fogos de artifício. Este
“entendimento”, que pode ser considerado por alguns como sexto
sentido , precisa ser devidamente pesquisado e compreendido pela humanidade.
As pessoas são muito manipuladas pelo interesse econômico e não
conseguem enxergar as coisas claramente. Vemos nos dias atuais,
discursos bonitos em prol da preservação ambiental,que não saem do
papel.Precisamos por em prática um novo modelo de desenvolvimento,
abarcando um nova postura, onde haja a preocupação com a biodiversidade,
incluindo aqui, obviamente, o ser humano.
conseguem enxergar as coisas claramente. Vemos nos dias atuais,
discursos bonitos em prol da preservação ambiental,que não saem do
papel.Precisamos por em prática um novo modelo de desenvolvimento,
abarcando um nova postura, onde haja a preocupação com a biodiversidade,
incluindo aqui, obviamente, o ser humano.
As mortes em massa de animais nos Estados Unidos na virada do ano
detonaram uma onda de especulação sobre as causas dos episódios.
Primeiro, 3 mil pássaros negros caíram do céu na pequena cidade de Bibi,
no Arkansas. Todos os pássaros apresentavam hemorragias, além disto foi
registrada a morte de 100 mil peixes no rio Arkansas. Mais ao sul, no
Estado da Louisianna, outros 500 passarinhos caíram dos céus. Alguns
apresentam asas e espinhas quebradas. A análise dos profissionais
competentes descartou sinais de infecções ou de doença contagiosa.
Foi o que constatou a autópsia realizada pelo Instituto Nacional de
Veterinária (SVA, em sua sigla em sueco) em cinco aves.
Dezenas de pássaros,também, foram encontrados mortos nas ruas da
localidade sueca de Falköping. Veterinários estão agora a analisar a
causa da morte das gralhas-de-nuca-cinzenta, mas assinalam a existência
de um espectáculo de fogo de artificio, próximo do local onde os
pássaros foram encontrados.
As autoridades dizem que o tempo frio, as dificuldades em encontrar
comida e um possível susto devido ao fogo de artificio podem ter causado
stress nos pássaros que morreram. Nos últimos dias seguintes têm sido
frequentes as notícias acerca de morte massiva de pássaros.
Os biólogos estão a investigar a causa da morte dos pássaros no
Arkansas. Cientistas acreditam que o estresse causado por fogos de
artifício do Ano-Novo pode ter causado a morte dos pássaros.
As dezenas de pássaros que apareceram mortos nas ruas da cidade sueca de Falköping
morreram devido a hemorragias internas provocadas por “trauma físico
extremo”, informaram na quinta-feira,(6/1), as autoridades do país nórdico.
No Brasil, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão ligado
à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, do Centro de Estudos do Mar da
Universidade Federal do Paraná (CEM-UFPR) verificaram que na
segunda-feira (3/1), milhares de peixes apareceram mortos no local. Os
técnicos aguardam o resultado do laudo para confirmar o motivo da
mortandade dos animais. Entretanto, segundo informação do capitão Edson
Oliveira, coordenador regional no Litoral da Defesa Civil, ao que tudo
indica os peixes não estão mais morrendo.
Comemorações com fogos de artifício são traumáticas para os animais,
cuja audição é mais acurada que a humana e segundo pesquisas são capazes
de pressentir eventos sísmicos importantes.
Devido a ocorrencia dos fogos de artíficio, os cães latem em desespero e, até, enforcam-se nas
correntes.
O gatos têm taquicardia, salivação, tremores, medo de morrer,
e escondem-se em locais minúsculos, alguns fogem para nunca mais serem
encontrados.
Há animais que, pelo trauma, mudam de temperamento.
Em nome de uma comemoração da chegada do Ano Novo, em nome da paz, o ser
humano atrita com a natureza, que emite sua resposta implacável.
No Brasil, a passagem de ano era considerada como uma uma festa de cunho
religioso e frequentada por moradores de Copacabana e devotos. Desde
meados da década de 80 do século passado com a sofisticação, adesão dos
hotéis da orla da praia de Copacabana e o apoio das autoridades, o
Reveillon de Copacabana transformou-se num dos principais eventos de
final de ano do mundo, recebendo mais de 2 milhões de pessoas que juntos
celebram o novo ano e a paz.
Neste réveillon a queima de fogos no Rio de Janeirodurou mais de 20
minutos. Muitas outras cidades brasileiras , também, promoveram este
tipo de evento. Os shows da virada de ano ao redor do mundo, foram
marcados com a queima de fogos de artifício em Sydney ( Australia),
Tokyo( Japão),(Ahmedabad) India, Times Square(Nova Iorque), (Hong Kong)
China, Petersburg( Russia) , Edimburgo ( Escocia) , Karachi (Paquistão),
Londres ( Pasquitão), entre outros.
(...)
O tema da paz é parte inerente essencial da luta por um outro mundo
possível, justo, humano e pacífico, coincidência ou não , é preciso
aprofundar os estudos referentes aos impactos dos fogos de artifício no
meio ambiente.
A morte vinda dos céus , representada pelos pássaros e no
outro extremo, a morte dos peixes , pode ser um alerta sobre a
incidência dos terremotos, que estão sendo registrados com maior
freqüência no primeiro trimestre do ano novo.
O Brasil conta com tudo para ser o pioneiro de uma civilização
ecologicamente sustentável, dispensando este tipo de comemoração que
envolve os fogos de artifício, tão perigosa para a natureza, vamos dar
nosso bom exemplo, enquanto é tempo!
(*) Vininha F. Carvalho – jornalista, economista, administradora de
empresas, ambientalista. Presidente da Fundação Animal Livre (
www.animalivre.org.br)
Um comentário:
Perfeito! Para manifestar alegria precisamos gritar, fazer barulho e soltar foguetes?! O homem se julga o melhor ser da criação, não tem humildade, não respeita nada. Isso é muito triste. Estamos involuindo. Nossos antepassados tinham mais educação, mais classe.
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