Atualizado em 17 de janeiro, 2014 - 18:50 (Brasília) 20:50 GMT
Quase 50 áreas especiais de vida
selvagem da Grã-Bretanha foram atingidas pelas "devastadoras" enchentes
ocorridas no país no início de dezembro, segundo autoridades.
"(A situação) é pior do que qualquer coisa que já tenhamos visto", agregou. "O impacto das enchentes é o maior já registrado em diversos lugares, e o impacto é devstador em muitas dessas áreas de vida selvagem."
Um relatório oficial concluiu que ao menos 48 Locais de Interesse Científico Especial (SSSIs, na sigla em inglês) da Inglaterra foram afetados - 37 deles têm relevância internacional.
Estima-se que dezenas de filhotes de focas tenham sido arrastados pelas águas de suas colônias, na costa de Norfolk (leste da Inglaterra).
Uma das principais preocupações é quanto ao futuro de habitats próximos à costa, que dependiam de água doce - e que foram invadidos pela água salgada do mar durante as cheias.
Driver disse que, além dos danos imediatos, esses ecossistemas podem sofrer alterações de longo prazo por conta do aumento do teor de sal.
"Alguns pássaros se afogaram (durante as tempestades), por não terem conseguido voar em meio aos fortes ventos e grandes ondas", prosseguiu. "Mas o principal é o dano de longo prazo - as tempestades destruíram barreiras, fazendo com que, agora, o mar invada (áreas protegidas). Haverá cheias frequentes e uma mudança eterna na salinidade."
O efeito será sentido sobre insetos, peixes e outras espécies da cadeia alimentar de água doce da região.
Gastos
Novos estudos serão conduzidos ao longo dos próximos meses, para apurar a extensão real da devastação.Enquanto isso, autoridades locais debatem quanto dinheiro deve ser investido na recuperação das áreas de proteção ambiental, uma vez que o orçamento - sob pressão, em tempos de austeridade na Grã-Bretanha - também precisa ser usado para recuperar propriedades e obras de infraestrutura destruídas nas enchentes.
Algumas das áreas ambientais atingidas são protegidas pela legislação da União Europeia - o que significa que, pela lei, autoridades britânicas têm a obrigação de recuperá-las.
Em outras, a opção mais lógica até o momento é permitir que a água salgada ocupe o espaço, evitando altos gastos que seriam necessários para limpar e cercar a área.
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