Sem crédito público, Brasil para,
afirma Dilma
A candidata à
reeleição Dilma Rousseff, afirmou na tarde deste sábado, 30, que, sem o crédito
subsidiado pelo governo federal, vários setores da economia serão afetados
negativamente. "Não é só o Minha Casa, Minha Vida. O mais grave é que
também não vai ter Plano Safra da agricultura, do agronegócio. Hoje, todo o
dinheiro do plano safra, tudo tem participação do recurso público", disse.
Dilma rebateu
propostas de seus adversários, dizendo que uma delas tira do Brasil o
"passaporte para o futuro", que é o petróleo do pré-sal. "Vocês
começam a ver a gravidade das propostas que estão ai", alertou. A outra
proposta, segundo ela, impedirá que o governo federal financie o metrô.
A candidata do PT
explicou como funciona o empréstimo: 30 anos para pagar, cinco anos de
carência, e 5% de taxa de juros. Ela salientou que taxa básica de juros, a
Selic, atualmente está em 11% ao ano, mas que, no mercado, é possível encontrar
taxas de 20%, 30%. "Sem banco público, sem subsídio do governo federal,
não tem nenhum investimento em transporte", afirmou.
Essas propostas são,
conforme a presidente, "aventureiras" e "atrasadas".
"Mas fazem parte de uma proposta aparentemente avançada, demagógica e,
sobretudo, não sei a que interesse serve. Fiquem atentos, olho aberto, vocês
têm de escutar essa questão, que vai afetar a vida de todos nós", alertou.
Ainda no discurso no
interior de São Paulo, Dilma continuou dizendo que essas propostas afetarão a
construção de equipamentos por todo o Brasil e os investimentos do Estado.
"Não há financiamento no Brasil, acima de 10 anos, sem o governo federal
subsidiar. Estou afirmando isso. Estou falando isso por um motivo, o Brasil não
pode parar, o Brasil tem de continuar fazendo seus programas sociais."
Ao final, a presidente
pediu aos prefeitos que a escutavam que ficassem atentos. "Quem vai vencer
essa campanha somos nós e a verdade. Vocês, que se integram a esse 'nós', me
ajudaram em 2010 e vão me ajudar agora."
Fonte: Estadao Conteudo
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