O Estado de S.Paulo
03 Setembro 2014 | 02h 03
O voto mais comum em São Paulo, neste momento, é o "Geraldina": 43% dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) declaram preferir Marina Silva (PSB) para presidente. Ao mesmo tempo, apenas 26% dos que votam no tucano para governador votam no candidato de seu partido, Aécio Neves, para presidente. É tão pouco que Aécio está tecnicamente empatado com Dilma Rousseff (PT) no eleitorado de Alckmin. A presidente tem 23% dos eleitores do governador.
A eleição em São Paulo virou uma salada partidária após a entrada de Marina na disputa. Ela bagunçou o já precário alinhamento das chapas para presidente e governador ao tirar eleitores de todos os candidatos ao governo estadual. Marina tem 51% dos eleitores de Paulo Skaf (PMDB) e 16% dos de Alexandre Padilha (PT).
No eleitorado total, Marina cresceu 4 pontos em uma semana e chegou a 39% das intenções de voto no Estado de São Paulo, aumentando sua vantagem sobre Dilma, que permanece com 23% entre os paulistas. O crescimento de Marina se deu pelo menos em parte às custas de Aécio. O tucano foi de 19% para 17% no Estado. Outros dois pontos vieram dos eleitores que pretendem anular ou votar em branco (foram de 9% para 7%). Há também 10% de paulistas indecisos, e 4% se dividem entre os nanicos.
O resultado da corrida presidencial em São Paulo é especialmente importante porque trata-se do maior colégio eleitoral do país, com 22% do total de eleitores. Para se eleger presidente, um candidato não precisa necessariamente ganhar no Estado, mas não pode ir mal. Esta é a primeira eleição presidencial desde a redemocratização sem que haja um paulista entre os favoritos.
A maior vantagem de Marina sobre seus adversários em São Paulo está no eleitorado evangélico. A candidata do PSB tem 49% dos votos dos eleitores dessa fé, contra 20% de Dilma e 9% de Aécio. Já entre os católicos a disputa é bem mais parelha: 36% para Marina contra 25% de Dilma e 19% de Aécio.
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