PF nega envenenamento do doleiro que acusa Lula e Dilma de saberem de tudo sobre a roubalheira na Petrobras.
A Polícia Federal divulgou nota na noite desde sábado na qual diz que
são "infundadas as informações de possível envenenamento" do doleiro
Alberto Youssef, delator do esquema de corrupção na Petrobrás. Ele
passou mal na manhã de sábado e foi transferido da superintendência da
PF no Paraná, onde esta preso, para a UTI do hospital Santa Cruz em
Curitiba, Paraná.
Na
nota, a PF informa que o doleiro teve uma "forte queda de pressão
arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca
crônica". Esta é a terceira vez que ele necessita de atendimento médico
de urgência após sua prisão pela Operação Lava Jato.
Essa última internação ocorre depois de a revista Veja
revelar que o doleiro acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
a presidente Dilma Rousseff de terem conhecimento do esquema que
desviou R$ 10 bilhões da Petrobrás.
O Estado teve acesso a documento que seria o
boletim médico da internação de Youssef no início da tarde de sábado. O
documento informa que o paciente, de 47 anos, foi encaminhado ao
hospital após apresentar "episódio de síncope ao descer do beliche onde
estava deitado, evento precedido de tonturas e turvação visual." No
boletim não há menção ao termo envenenamento. Esta escrito: "sincope à
esclarecer; hipertensão arterial, arritmia cardíaca? e DAC com IAM
prévio de parede anterior e presença detrombo fixo VE."
O Estado não conseguiu contato com o advogado
de Youssef. O jornal apurou que a nota da PF foi redigida a pedido do
Ministério da Justiça para estancar boatos de que a causa seria
envenenamento. Segundo a nota, Youssef "permanecerá hospitalizado para a
adequação da medicação e retornará a carceragem após seu pleno
restabelecimento."
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