Ministros escapam da Operação Lava Jato, não da Justiça Futuros ministros como Eliseu Padilha (foto) estão enrolados na Justiça
Dilma II
Publicado: 25 de dezembro de 2014 às 9:34
Os próprios petistas atacam Eliseu Padilha
Os ministros já anunciados por Dilma para o seu segundo governo podem
até escapar da Operação Lava Jato e do Petrolão, mas a maioria está
longe de ser considerada “ficha limpa”. Pelo menos seis futuros
ministros – Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Pesca),
Edinho Araújo (Portos), Kátia Abreu (Agricultura), Gilberto Kassab
(Cidades) e Eduardo Braga (Minas e Energia) -respondem a processos na
Justiça.
Eliseu Padilha é alvo de processos por corrupção passiva e peculato,
no Supremo. E responde a processo até por quebra de sigilo funcional.
Eduardo Braga e Kátia Abreu também respondem a processos no STF;
Braga teria cometido crime eleitoral e Abreu, falsificação de selo
oficial.
Gilberto Kassab é alvo de várias ações por improbidade
administrativa, incluindo o caso do patrocínio ao UFC e da construção do
Itaquerão.
Futuro ministro da Pesca, Helder Barbalho responde a dois cabeludos
processos na Justiça Federal por improbidade administrativa.
Novo titular do Esporte foi flagrado pela PF com dinheiro de fiéis em avião
George Hilton dobrou o patrimônio desde que ingressou na vida pública
O dinheiro estava distribuído em 11 caixas de papelão
O
futuro ministro do Esporte, George Hilton, anunciado na terça-feira
pela presidente Dilma Rousseff (PT), foi flagrado, em 2005, no Aeroporto
da Pampulha, em Belo Horizonte, com R$ 600 mil em espécie (R$ 976 mil
em valores atualizados). O dinheiro estava distribuído em 11 caixas de
papelão.
Pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, ele
era, na época, deputado estadual do PFL em Minas Gerais.
Na ocasião,
após ser surpreendido, a Polícia Federal o liberou. Levantamento do Correio
aponta que George Hilton dobrou seu patrimônio desde que passou a
informar à Justiça Eleitoral os valores de seus bens. Era de R$ 294 mil
em 2006, quando obteve seu primeiro mandato de deputado federal. Em
2010, ele foi reeleito e afirmou ter R$ 472 mil. Este ano, quando também
foi reeleito, o valor declarado foi de R$ 669 mil.
Na época em
que foi abordado pela Polícia Federal, Hilton contou que os recursos, em
notas de vários valores, eram provenientes de doações de fiéis do sul
do estado. Acabou sendo expulso pela Executiva Nacional do partido. Na
época, o senador Antônio Carlos Magalhães (ACM), morto em 2007, foi
contra a expulsão, mas a maioria do comando partidário achou melhor
tomar a atitude para se contrapor ao escândalo do mensalão petista, que
ganhava força na imprensa e no Congresso.
No
momento em que foi flagrado no aeroporto, Hilton estava acompanhado do
vereador do PL em Belo Horizonte Carlos Henrique da Silva, também pastor
da Universal. Os dois estavam numa aeronave particular e vinham de
Poços de Caldas. O Departamento de Aviação Civil havia alertado a
Polícia Federal de que o avião transportava dinheiro. Quando
desembarcaram, os dois foram imediatamente abordados. A liberação das
malas e dos políticos foi autorizada pelo delegado executivo da PF em
Minas, Domingos Pereira dos Reis.
Em 2012, Hilton foi candidato a
prefeito de Contagem (MG). Não obteve sucesso. Na época, declarou
possuir R$ 626 mil, contra os R$ 669 mil informados este ano, que
incluem uma residência e um automóvel VW Jetta. Em 1998, declarou apenas
uma linha de telefone celular, sem informar os valores, quando disputou
uma vaga de deputado estadual pelo PST. Em 2002, um apartamento, um Gol
e um Vectra. Nas últimas eleições, ele teve R$ 496 mil em doações
recebidas. A maior parte veio do comitê financeiro do PRB, mas com
origem em empresas como JBS S.A., Bradesco, Construtora Queiroz Galvão e
Cervejaria Petrópolis.
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