sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Ministros escapam da Operação Lava Jato, não da Justiça Futuros ministros como Eliseu Padilha (foto) estão enrolados na Justiça


Dilma II

Publicado: 25 de dezembro de 2014 às 9:34
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Os próprios petistas atacam Eliseu Padilha



Os ministros já anunciados por Dilma para o seu segundo governo podem até escapar da Operação Lava Jato e do Petrolão, mas a maioria está longe de ser considerada “ficha limpa”. Pelo menos seis futuros ministros –  Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Pesca), Edinho Araújo (Portos), Kátia Abreu (Agricultura), Gilberto Kassab (Cidades) e Eduardo Braga (Minas e Energia) -respondem a processos na Justiça.


Eliseu Padilha é alvo de processos por corrupção passiva e peculato, no Supremo. E responde a processo até por quebra de sigilo funcional.


Eduardo Braga e Kátia Abreu também respondem a processos no STF; Braga teria cometido crime eleitoral e Abreu, falsificação de selo oficial.


Gilberto Kassab é alvo de várias ações por improbidade administrativa, incluindo o caso do patrocínio ao UFC e da construção do Itaquerão.



Futuro ministro da Pesca, Helder Barbalho responde a dois cabeludos processos na Justiça Federal por improbidade administrativa.

Novo titular do Esporte foi flagrado pela PF com dinheiro de fiéis em avião

George Hilton dobrou o patrimônio desde que ingressou na vida pública

postado em 25/12/2014 07:19 

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados - 20/5/14


O futuro ministro do Esporte, George Hilton, anunciado na terça-feira pela presidente Dilma Rousseff (PT), foi flagrado, em 2005, no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com R$ 600 mil em espécie (R$ 976 mil em valores atualizados). O dinheiro estava distribuído em 11 caixas de papelão. 
 
Pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, ele era, na época, deputado estadual do PFL em Minas Gerais. 
 
 
Na ocasião, após ser surpreendido, a Polícia Federal o liberou. Levantamento do Correio aponta que George Hilton dobrou seu patrimônio desde que passou a informar à Justiça Eleitoral os valores de seus bens. Era de R$ 294 mil em 2006, quando obteve seu primeiro mandato de deputado federal. Em 2010, ele foi reeleito e afirmou ter R$ 472 mil. Este ano, quando também foi reeleito, o valor declarado foi de R$ 669 mil.

Na época em que foi abordado pela Polícia Federal, Hilton contou que os recursos, em notas de vários valores, eram provenientes de doações de fiéis do sul do estado. Acabou sendo expulso pela Executiva Nacional do partido. Na época, o senador Antônio Carlos Magalhães (ACM), morto em 2007, foi contra a expulsão, mas a maioria do comando partidário achou melhor tomar a atitude para se contrapor ao escândalo do mensalão petista, que ganhava força na imprensa e no Congresso.

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No momento em que foi flagrado no aeroporto, Hilton estava acompanhado do vereador do PL em Belo Horizonte Carlos Henrique da Silva, também pastor da Universal. Os dois estavam numa aeronave particular e vinham de Poços de Caldas. O Departamento de Aviação Civil havia alertado a Polícia Federal de que o avião transportava dinheiro. Quando desembarcaram, os dois foram imediatamente abordados. A liberação das malas e dos políticos foi autorizada pelo delegado executivo da PF em Minas, Domingos Pereira dos Reis.

Em 2012, Hilton foi candidato a prefeito de Contagem (MG). Não obteve sucesso. Na época, declarou possuir R$ 626 mil, contra os R$ 669 mil informados este ano, que incluem uma residência e um automóvel VW Jetta. Em 1998, declarou apenas uma linha de telefone celular, sem informar os valores, quando disputou uma vaga de deputado estadual pelo PST. Em 2002, um apartamento, um Gol e um Vectra. Nas últimas eleições, ele teve R$ 496 mil em doações recebidas. A maior parte veio do comitê financeiro do PRB, mas com origem em empresas como JBS S.A., Bradesco, Construtora Queiroz Galvão e Cervejaria Petrópolis.

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