Sai daí, Cardozo. O ministério é da Justiça, não do partido.
Em qualquer
país civilizado, José Eduardo Cardozo já estaria fora do governo. Aliás,
desde que foi ocupado por Tarso Genro, o ministério da Justiça só
cumpre missões em nome do Partido Totalitário. A propósito, leiam os
posts anteriores:
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu em uma audiência em
seu gabinete, no dia 5 deste mês de fevereiro, três advogados
representantes da empreiteira Odebrecht, envolvida na Operação Lava-
Jato. O encontro consta da agenda oficial do ministro, divulgada no site
da Pasta, mas sem informar que os advogados representam a construtora,
nem detalhar o assunto. Outros encontros com defensores de empreiteiros teriam acontecido.
Na sexta-feira, a revista “Veja” informou que o ministro se reuniu com
Sérgio Renault, advogado da empreiteira UTC, e com o ex-deputado
Sigmaringa Seixas. Na edição de ontem, a “Folha de S. Paulo” noticiou
que ele teria tido ao menos três encontros neste mês com advogados da
própria UTC e da Camargo Correa.
“Audiência
com os senhores Pedro Estevam Serrano, Maurício Roberto Ferro, Dora
Cavalcanti e com a participação do secretário-executivo do Ministério da
Justiça, Marivaldo Pereira. Pauta: Visita Institucional”, é como está
escrito na página da internet. Serrano e Dora são advogados da
construtora; Ferro é vice-presidente jurídico.
A
Odebrecht foi citada na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento
da Petrobras Paulo Roberto Costa. De acordo com ele, a construtora teria
lhe pagado US$ 31,5 milhões em propina. Ele afirmou que o dinheiro era
depositado em contas na Suíça pelo operador Bernardo Freiburghaus, dono
da Diagonal Investimentos. Ainda segundo Costa, os US$ 31,5 milhões
foram depositados entre os anos de 2012 e 2013 em quatro ocasiões. Ele
disse que a propina foi enviada pela construtora para quatro contas
correntes diferentes em nome de empresas criadas por ele. A Odebrecht
negou as acusações, que qualificou como “calúnias”.
Cardozo
confirmou ao GLOBO que se reuniu com os representantes da empreiteira –
que ele não quis identificar. De acordo com o ministro, os advogados
foram atendidos porque haviam feito um pedido formal de audiência.
Cardozo afirmou que os advogados foram apresentar duas representações
denunciando supostas irregularidades em fatos que envolvem a Operação
Lava-Jato. No entanto, não quis dizer do que se tratava.
– As
representações tramitam em sigilo e foram encaminhadas aos órgãos
responsáveis, sendo informadas as autoridades competentes. Foi feita uma
ata da reunião – declarou.
O
ministro disse que essa foi a única reunião que manteve com advogados de
empreiteiras envolvidas no escândalo que investiga pagamento de propina
a funcionários da Petrobras e políticos. A agenda de Cardozo, porém,
não é detalhista. Ele passa meses sem anotar nenhuma atividade. Segundo o
ministro, ele age como os demais colegas e, quando não há informação
divulgada é porque ele está em despachos internos.
ENCONTRO NA ANTESSALA
Na
sexta-feira, a revista “Veja” informou que o ministro se reuniu com
Sérgio Renault, advogado da empreiteira UTC, e com o ex-deputado
Sigmaringa Seixas. Na edição de ontem, a “Folha de S. Paulo” noticiou
que ele teria tido ao menos três encontros neste mês com advogados da
própria UTC e da Camargo Corrêa.
Cardozo
negou que tenha atendido Renault. De acordo com ele, os dois apenas se
cumprimentaram na antessala de seu gabinete. O ministro afirmou que
estava reunido com Sigmaringa para tratar de assuntos pessoais, e
Renault passou no ministério para dar uma carona a Sigmaringa e levá-lo
para almoçar. O encontro entre Cardozo e Renault, segundo o ministro,
teria acontecido quando ele acompanhou Sigmaringa até a porta de seu
gabinete.
– Foi um
encontro rápido, onde apenas trocamos cumprimentos. Eu o conheço há
muitos anos e somos amigos. Não falamos nada sobre a Lava-Jato –
declarou.
O
ministro também afirmou que em nenhum momento teria tranquilizado
advogados das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da
Petrobras.
– Se
alguém está dizendo isso, mente. Eu nunca falaria isso, em hipótese
alguma. Se há advogados espalhando esse tipo de boato é porque devem
estar irritados pelo trabalho que o Ministério da Justiça, por meio da
Polícia Federal, tem feito.
O GLOBO procurou a assessoria da Odebrecht, mas, até o momento não obteve resposta. (O Globo).
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