Para salvar sua própria pele, o ex-presidente e a presidente reincidente armam tramoia contra o Judiciário. O Antagonista flagrou a corrida de Luiz Inácio (Adams) para proteger Luiz Inácio (o tiranete):
Agora
ficou claro por que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse a
um advogado de empreiteira, em reunião secreta, que a Operação Lava
Jato "tomaria outro rumo" depois do carnaval e, portanto, ele
"desaconselhava" que os executivos presos partissem para a delação
premiada.
Em
conluio com Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado-geral
da União, Luís Inácio Adams, dirigiu-se ao Tribunal de Contas da União
(TCU), com uma Instrução Normativa redigida no Palácio do Planalto. Por
essa Instrução Normativa, aprovada em tempo recorde, o TCU analisará
concomitantemente com a Controladoria-Geral da União (CGU) os acordos de
leniência firmados com o Estado. Isso garante que os acordos feitos no
âmbito da CGU não correrão o risco de serem anulados depois pelo
tribunal -- mesmo com um TCU dominado por PT e PMDB, as empreiteiras
temiam essa possibilidade quando lhes propunham tal saída.
A aprovação da Instrução Normativa é ótima para Lula, Dilma e os larápios associados porque:
a) Acordos de leniência podem ser feitos diretamente com a CGU, sem passarem pela Justiça
b) Dessa forma, contorna-se o juiz Sergio Moro
c) Pelos
termos de um acordo de leniência, as empresas reconhecem que praticaram
os crimes, pagam uma multa e não são consideradas inidôneas. Podem
continuar a assinar contratos com o governo em qualquer nível
d) Ao
contrário do que ocorre com a delação premiada, elas não precisam contar
tudo. Ou seja, que Lula e Dilma estão implicados até o pescoço no
esquema do Petrolão
e) A
chance de Dilma sofrer impeachment reduz-se dramaticamente, visto que
será quase impossível imputar-lhe o crime de responsabilidade
f) Sem o
perigo de falência, as empreiteiras podem dar um grande cala-a-boca ou
um aguenta-aí-até-chegar-no-STF aos executivos presos e aos seus sócios
em cana, como Ricardo Pessoa, da UTC, que ameaçavam seguir o caminho da
delação premiada. A ameaça de Ricardo Pessoa de partir para a delação
foi decisiva para o Planalto armar rapidamente o golpe
Luís
Inácio Adams percorreu freneticamente os gabinetes dos ministros do TCU,
acompanhado do ministro Bruno Dantas, para aprovar uma Instrução
Normativa, repita-se, redigida no Palácio do Planalto, e não pelo
ministro Bruno Dantas, como foi noticiado. Ninguém levantou a menor
objeção.
A menos
que um executivo preso não suporte a ideia de passar anos na cadeia,
ainda que com o seu futuro assegurado economicamente, ou que a sociedade
não esboce reação, Luís Inácio salvou Luiz Inácio -- e Dilma.
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