O professor
Renato Janine Ribeiro, que já foi diretor do Cnpq, acaba de ser nomeado
ministro da Educação do governo Dilma. Em 2005, esforçou-se para tentar o
impossível: desvincular Marx de Lênin. Em 2010, tentou, seguindo a mestra Marilena Chaui, justificar o mensalão, tomando umas boas palmadas do jornalista Carlos Alberto Sardenberg no
artigo "Roubar pelo povo". O que esperar dele, agora, no comando do
ministério da Educação? Os ideológicos departamentos de humanas das
universidades devem fazer festa neste final de semana:
O professor Renato Janine Ribeiro foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para assumir o lugar de Cid Gomes
à frente do Ministério da Educação. O anúncio foi feito na noite desta
sexta-feira pelo Palácio do Planalto. O novo ministro tomará posse no
dia 6 de abril.
Janine
nasceu em Araçatuba, no interior de São Paulo, tem 65 anos e é professor
de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo. O filósofo
fez graduação e doutorado na USP, pós-doutorado na British Library e
mestrado na Universidade Sorbonne, em Paris. Publicou 18 livros, entre
eles A Marca do Leviatã (2003), Ao Leitor Sem Medo (1999) e A Sociedade
Contra o Social: o alto custo da vida pública no Brasil (2000), que
ganhou o Prêmio Jabuti 2001 na área de ensaios e ciências humanas.
Sem
experiência administrativa, Janine Ribeiro foi diretor de Avaliação da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior, do
Ministério da Educação (Capes) entre 2004 e 2008. Na década de 90, foi
membro do conselho deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). Segundo suas próprias palavras, ele se
dedica à análise de temas como "o caráter teatral da representação
política, a idéia de revolução, a democracia, a república, a cultura
política brasileira".
A nomeção
de Renato Janine Ribeiro não era esperada; antes do anúncio desta
sexta-feira, havia especulações sobre a indicação do peemedebista
Gabriel Chalita, atual secretário de Educação da cidade de São Paulo,
para o ministério. A escolha de Dilma em nada altera a pressão de
petistas e peemedebistas por mais espaço no governo.
Janine
sempre participou do debate político, mas, apesar do alinhamento aos
ideais do PT, evitou ficar carimbado como um nome do partido nem buscou
voos na política.
Cid Gomes,
escolhido pela presidente para levar adiante o projeto da "Pátria
Educadora", deixou o cargo na semana passada depois de agredir
verbalmente os deputados federais e até o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ). (Veja.com).
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