25 de fevereiro de 2015
A declaração de Washington
Siqueira, o "quaquá", foi dada no FB às vésperas da manifestação
contra o governo Dilma, marcada para o dia 15/03 - e um dia depois dos atos
violentos cometidos por petistas justamente no Rio de Janeiro.
Um grande Ato nacional
contra o governo Dilma está marcado para o dia 15/03 (domingo), com manifestações em todo o país. Mais de
um milhão de pessoas já marcaram presença.
Democracia é isso. Ou
melhor: deveria ser. O presidente do PT do Rio de Janeiro, Washington Siqueira,
o Quáquá, publicou o que segue em seu perfil no Facebook (coincidentemente, um dia depois disso):
Ele disse exatamente isso
(e haja ‘sic’):
“Contra o fascismo a porrada!
Não podemos engolir esses fascistas burguesinhos de merda! Tá na hora da
militância e dos petistas responderam esses fdps que dão propina ao
guarda, roubam e fazem caixa dois em suas empresas, sonegam impostos dão uma de
falso moralistas e querem achincalhar um partido e uma militância que melhorou
a vida de milhões de Brasileiros. Vamos pagar com a mesma moeda: agrediu,
devolvemos dando porrada!” (grifos nossos)
Um total desserviço à
democracia e à segurança pública. A atitude desprezível e irresponsável precisa
ser urgentemente refutada pela cúpula do PT, sob pena de gerar conflitos sérios
– supondo que algum cidadão esteja realmente disposto a levar ou dar “porrada”
em defesa desse péssimo governo.
De todo modo, isso é
vergonhoso até para os padrões deles.
Comentario
1 Os brasileiros cuja vida melhorou graças ao PT são provavelmente os empresários da Lava Jato, os políticos do Mensalão e os corruptos da PETROBRAS.O resto está pior do que estava antes! Leiam abaixo o excelente texto do Rodrigo Constantino a este respeito:
Anonimo
Miséria aumentou em 2013, mas Ipea omitiu dado durante campanha eleitoral
A coisa é duplamente ruim: primeiro, a
informação de que a miséria aumentou no país em 2013, interrompendo uma
queda que vinha desde 2004; segundo, o fato de um instituto que deveria
ser independente do governo optar por omitir esse dado em época de
campanha eleitoral. Então o eleitor não tinha o direito de saber dessa
informação antes de votar?
Marcelo Neri, o ministro da Secretaria de
Assuntos Estratégicos, defendeu a postura do Ipea e disse que a decisão
foi autônoma: “Não
houve nenhum estudo ‘segurado’. Existe uma decisão a priori, feita de
forma autônoma pela Ipea, para resguardar a instituição durante o
período eleitoral porque existem restrições sobre a capacidade de
divulgar dados, existem limitações jurídicas, e o Ipea decidiu de forma
autônoma, sem interveniência, foi uma decisão da diretoria do Ipea”.
Há controvérsias. Muitas controvérsias!
Reinaldo Azevedo já desafiou Neri e mostrar qual lei impediria tal
divulgação. Não obteve resposta, que eu saiba. Quando analisamos o
histórico de Neri, a desconfiança aumenta. Foi o responsável pela
criação da “nova classe média”, ao reduzir os valores reais necessários
para se fazer parte do grupo. Hoje, favelados que ganham menos de R$
1,8 mil (renda da família) são considerados classe média.
O Brasil ainda é um país com muita
miséria, bem diferente da maravilha pintada durante a campanha de Dilma.
Mais de 10 milhões de pessoas na extrema pobreza é algo chocante. E o
fato de essa quantidade ter aumentado em quase 400 mil pessoas em 2013 é
alarmante. O Ipea tenta minimizar o problema, mas não deveria, e só o
faz por já ser completamente politizado e partidário.
Infelizmente, temos um governo que
celebra o aumento na quantidade de dependentes do assistencialismo
estatal, em vez de focar na melhoria do ambiente econômico para produzir
mais riqueza e emprego. Temos, ainda, uma classe de formadores de
opinião obcecada com a desigualdade social, que trata riqueza como jogo
de soma zero, em vez de focar no nível de miséria em si.
Não precisamos tirar dos mais ricos para
dar aos mais pobres, e sim criar um ambiente favorável para que os mais
ricos produzam mais riqueza e, com isso, elevem a maré toda, puxando
aqueles do andar de baixo. Foi assim que os países desenvolvidos
reduziram a miséria absoluta. É por isso que a classe média americana de
hoje vive com acesso a mais conforto material do que um nobre do
passado, ou mesmo um rico brasileiro.
Bancar o Robin Hood e fazer apenas
transferência de recursos, cobrando enorme pedágio no processo, jamais
foi receita para deixar a pobreza para trás. Nenhum país ficou rico e se
desenvolveu dessa forma. Dado o nível de miséria que ainda temos, pode
ser necessário um assistencialismo emergencial sim. Desde que
descentralizado, com estratégia de saída, e incentivando a
produtividade, não o parasitismo. Tudo aquilo que o PT não fez…
O resultado está aí: a miséria já voltou a
subir depois que os ventos externos pararam de soprar a nosso favor. O
governo do PT torrou o bilhete de loteria que ganhamos com o crescimento
chinês e a abundância de liquidez no mundo. Agora é hora da fatura. Os
mais pobres vão sofrer mais, como sempre.
O governo vai tentar esconder a
realidade, especialmente se for época de eleição. E os eleitores do PT
da elite vão repetir que votam no partido porque se importam com os mais
pobres, ignorando toda a evidência contrária. Quando os fatos negam a
teoria, para o inferno com os fatos!
Rodrigo Constantino
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