(Valor) Menos de um mês depois de
marcharem divididos país afora entre bandeiras do combate à corrupção,
do "Fora PT" e da defesa da intervenção militar, grupos da sociedade
civil prometem voltar às ruas no domingo unidos em torno do mesmo
pedido: o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os organizadores da
segunda manifestação contra o governo ampliaram o número de cidades em
que farão atos, mas ainda têm dúvidas se conseguirão uma adesão popular
igual ou maior à que tiveram em 15 de março.
O grupo "Vem Pra Rua", que planeja protestos contra o governo em
quase 400 cidades, decidiu aderir à bandeira do impeachment da
presidente. Na manifestação anterior, o movimento evitou defender a
saída de Dilma do cargo e focou na defesa do combate à corrupção no
governo federal. Clique aqui e confira os locais no blog do Augusto Nunes.
O líder do grupo, o empresário Rogério Chequer, reclama que o governo não apresentou mudanças concretas depois dos protestos do mês passado, que levaram uma multidão às ruas, e afirma que há bases jurídicas para levar adiante o processo de impeachment. Para Chequer, os parlamentares precisam agir diante das manifestações. "O impeachment não é um processo só jurídico, mas também político. O Congresso deveria ouvir o clamor das ruas, pela magnitude que tiveram os protestos", diz.
Temas em debate no Congresso, como a ampliação da terceirização, que deve atingir em cheio os direitos trabalhistas e que foi votada nesta semana pela Câmara, deverão passar ao largo dos discursos do grupo. "Isso não faz parte das prioridades nacionais", afirma o porta-voz do Vem Pra Rua. "O Brasil tem problemas de sobra e não temos tempo nem recursos para fazer tantos debates. Temos que priorizar a democracia e a estabilidade em nível federal", diz.
Chequer afirma que o grupo ampliou a participação de 241 para 392 cidades em relação ao protesto de março, mas aposta em um "público parecido" numericamente com o de março. O líder do Vem Pra Rua diz que mais importante do que o número de participantes é a "capilaridade" dos atos contra Dilma. "Teremos mais manifestações no Norte e no Nordeste". O grupo diz ter gastos da ordem de R$ 20 mil, bancados por "voluntários e simpatizantes". As camisetas vendidas pelo movimento passaram de R$ 25 para R$ 30.
O "Movimento Brasil Livre", que afirma ter confirmações de atos em cerca de 160 cidades, manterá a defesa do impeachment e diz ter recebido a adesão de outros grupos com a mesma bandeira. Para o advogado Rubens Alberto Nunes, representante do grupo, a saída de Dilma da Presidência é "o objetivo único" dos atos. "O governo está receoso e tem sentido temor das manifestações", afirma.
O movimento diz que dobrou o número de cidades em que fará manifestações e afirma que levará uma espécie de palco para a avenida Paulista, que deve concentrar o maior número de manifestantes no domingo, e também estima gastos da ordem de R$ 20 mil. A Polícia Militar de São Paulo fechará no fim da manhã a avenida inteira para o ato.
Em comum, os dois maiores grupos organizadores das manifestações de domingo tentam manter-se distantes dos movimentos que pregam a intervenção militar e a volta da ditadura, como o Revoltados Online e o SOS Forças Armadas, que chegaram a desfilar com torturador em cima de carro aberto na avenida Paulista, em São Paulo.
O líder do grupo, o empresário Rogério Chequer, reclama que o governo não apresentou mudanças concretas depois dos protestos do mês passado, que levaram uma multidão às ruas, e afirma que há bases jurídicas para levar adiante o processo de impeachment. Para Chequer, os parlamentares precisam agir diante das manifestações. "O impeachment não é um processo só jurídico, mas também político. O Congresso deveria ouvir o clamor das ruas, pela magnitude que tiveram os protestos", diz.
Temas em debate no Congresso, como a ampliação da terceirização, que deve atingir em cheio os direitos trabalhistas e que foi votada nesta semana pela Câmara, deverão passar ao largo dos discursos do grupo. "Isso não faz parte das prioridades nacionais", afirma o porta-voz do Vem Pra Rua. "O Brasil tem problemas de sobra e não temos tempo nem recursos para fazer tantos debates. Temos que priorizar a democracia e a estabilidade em nível federal", diz.
Chequer afirma que o grupo ampliou a participação de 241 para 392 cidades em relação ao protesto de março, mas aposta em um "público parecido" numericamente com o de março. O líder do Vem Pra Rua diz que mais importante do que o número de participantes é a "capilaridade" dos atos contra Dilma. "Teremos mais manifestações no Norte e no Nordeste". O grupo diz ter gastos da ordem de R$ 20 mil, bancados por "voluntários e simpatizantes". As camisetas vendidas pelo movimento passaram de R$ 25 para R$ 30.
O "Movimento Brasil Livre", que afirma ter confirmações de atos em cerca de 160 cidades, manterá a defesa do impeachment e diz ter recebido a adesão de outros grupos com a mesma bandeira. Para o advogado Rubens Alberto Nunes, representante do grupo, a saída de Dilma da Presidência é "o objetivo único" dos atos. "O governo está receoso e tem sentido temor das manifestações", afirma.
O movimento diz que dobrou o número de cidades em que fará manifestações e afirma que levará uma espécie de palco para a avenida Paulista, que deve concentrar o maior número de manifestantes no domingo, e também estima gastos da ordem de R$ 20 mil. A Polícia Militar de São Paulo fechará no fim da manhã a avenida inteira para o ato.
Em comum, os dois maiores grupos organizadores das manifestações de domingo tentam manter-se distantes dos movimentos que pregam a intervenção militar e a volta da ditadura, como o Revoltados Online e o SOS Forças Armadas, que chegaram a desfilar com torturador em cima de carro aberto na avenida Paulista, em São Paulo.
O Vem Pra Rua e o
Movimento Brasil Livre afirmam também que não deixarão políticos subirem
nos carros de som, para evitar a partidarização dos atos. Na
manifestação passada, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD)
levou um carro de som à avenida Paulista mas foi vaiado. Lideranças do
PSDB, como o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), ainda
estudam se vão participar das manifestações.
Depois dos atos de 15 de março, a popularidade da presidente atingiu
sua pior marca. Três dias depois do ato de março, Dilma tentou melhorar a
imagem de seu governo, com o lançamento de pacote de medidas de combate
à corrupção. No entanto, duas semanas depois dos protestos, apenas 12%
afirmaram que o governo é "ótimo ou bom" e 64% avaliaram como "ruim ou
péssimo", segundo pesquisa Ibope divulgada no dia 1º. Na pesquisa
anterior, de dezembro, 40% aprovavam o governo e 27% desaprovavam. No
levantamento do início deste mês, 74% disseram não confiar na
presidente.
Dilma reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para
discutir os protestos e promoveu mudanças em seu ministério, para
melhorar a comunicação e a articulação política, mas ainda teme perder o
controle sobre a crise política que enfrenta. O governo federal
acompanha com atenção a segunda rodada de protestos, mas aposta em uma
mobilização menor do que em março. Nas redes sociais e na mídia, o ato
de domingo não tem o apelo que teve em março.
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