Segundo a PF, contratos firmados
com IT7 Sistemas e Broghi Lowe (agência de publicidade da Caixa, Ministério da
Saúde e BR Distribuidora) foram usados para desviar recursos públicos para André
Vargas, por empresas de fachada mantidas por seus irmãos.
(Folha) Sequestrada pela Justiça,
a casa onde vivia o ex-deputado André Vargas (ex-PT, sem partido), preso nesta
sexta-feira (10) na Operação Lava Jato, foi comprada com "recursos
criminosos" de lavagem de dinheiro, segundo as investigações. O
ex-deputado, que foi vice-presidente da Câmara, é suspeito de ter sido
beneficiário de um esquema de corrupção na Petrobras e em outros órgãos
públicos.
A residência de Vargas fica num
condomínio fechado do Alphaville em Londrina (norte do Paraná) e foi adquirida
em 2011, por R$ 980 mil. São 300 m² de área construída e dois andares. O
condomínio tem piscina aquecida, quadra poliesportiva, brinquedoteca, espaço
gourmet e pista de cooper, entre outros.
Do valor total, Vargas pagou R$
363 mil em espécie. "Trata-se de expediente usualmente utilizado para
evitar rastreamento de dinheiro sem origem lícita", afirmou o juiz Sergio
Moro, no despacho que autorizou sua prisão preventiva. A própria Receita
Federal, em análise do caso, afirmou que há "fortes indícios da ocorrência
de alguma operação de lavagem de dinheiro" na compra do imóvel.
Além disso, o ex-deputado
declarou a residência por R$ 500 mil no Imposto de Renda –quase metade do valor
real, o que também é um indício de crime de sonegação fiscal. "A
declaração subfaturada do valor de aquisição do imóvel foi certamente um
estratagema para 'esquentar' a diferença entre o declarado e o valor real,
caracterizando lavagem de dinheiro de crime antecedente contra a administração
pública", afirmou o Ministério Público Federal, em parecer.
O sequestro do imóvel foi
solicitado pelos procuradores e acatado pelo juiz Moro. Ele deve ficar sob a
guarda da Justiça até decisão em contrário.
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