Publicado por Revolta Brasil em 18 janeiro, as 10 : 12 AM Print
A morte de um traficante
A
famigerada notícia da morte do brasileiro Marco Archer condenado por
tráfico na Indonésia, fato que se deu quando Marco foi preso em 2003 no
aeroporto do país em questão com posse de cerca de 13 krs de cocaína.
De acordo com as leis da Indonésia o tráfico de drogas é condenado com a
pena de morte por fuzilamento. Em 2004 ele foi condenado e dia 17 de
janeiro de 2015 sua pena foi executada. Marco foi fuzilado.
O
caso alcançou repercussão nacional e o traficante passou de infrator da
lei para uma vítima do governo da Indonésia. O governo brasileiro
através de Dilma pessoalmente tentou contato por telefone diariamente na
ultima semana até que na sexta-feira conseguiu falar com o
presidente Joko Widodo, da Indonésia, a presidente brasileira pediu
clemencia para Marco mas não teve seu pedido atendido por Joko, que
manteve a pena do brasileiro.
Após a
morte de Marco Dilma lançou uma nota oficial, a qual postou também em
seu facebook oficial falando de seu pesar pela morte de Marco Archer, o
traficante brasileiro, que sabia dos riscos que corria e da dureza das
leis da Indonésia e mesmo assim assumiu o risco de transportar drogas
para aquele país. Dilma demonstrou consternação e irritação com a morte
de Marco, disse que chamou o Consul brasileiro na Indonésia para
consulta e deixou claro que a relação entre os dois países foi abalada
com o fato.
A morte de um herói
Policiais,
desprezados pela sociedade, sucateados pelo governo, heróis por
excelência, diariamente saem às ruas de um dos países mais violentos do
mundo para proteger aqueles que tanto os apedrejam, aqueles que tantos
os criticam mas tem sempre o 190 na ponta da língua. Daquele país que
tem como governantes pessoas que deveriam prezar pelo bem da sociedade e
por seus guardiães, mas preferem se preocupar em corromper a
democracia, em roubar do povo e em defender bandidos.
Nenhum
policial estampou a página da presidente com um pesar por sua morte ou
uma gratidão por salvar uma vida, nenhum policial foi responsável por
uma nota oficial da presidência da república.
Mas cada policial é um
herói por excelência, porque mesmo com o risco da própria vida continua
diuturnamente saindo de suas casas e suas famílias para salvar as vidas
daqueles que tanto os perseguem e apedrejam.
Agora mesmo um herói de
farda está morrendo para salvar vidas, agora mesmo um país chora, não
por este herói, que dificilmente será lembrado, mas por bandidos presos,
por bandidos mortos, por personagens de novela que não tiveram um final
feliz, por um traficante internacional que pagou pelo erro que cometeu.
Esse é um país chamado Brasil.
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