Fotos: Felipe Menezes/Metrópoles
Polícia faz revista em acampamento antes de ato anti-Dilma no gramado do Congresso
Protesto reúne duas mil pessoas em Brasília neste domingo (15/11) em ato anti-Dilma. Integrantes de movimentos foram presos
Os ânimos esquentaram no ato anti-Dilma no gramado do
Congresso Nacional. No início da tarde deste domingo (15/11), alguns
manifestantes tentaram invadir o espelho d´água e os policiais usaram
gás de pimenta e cacetetes para contê-los.
Houve um princípio de confusão e o Batalhão de Choque foi chamado. Pessoas foram presas. O protesto reúne cerca de duas mil pessoas (segundo a PM) em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff e da saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Veja vídeo no momento da confusão:
Houve um princípio de confusão e o Batalhão de Choque foi chamado. Pessoas foram presas. O protesto reúne cerca de duas mil pessoas (segundo a PM) em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff e da saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
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O protesto deveria ficar restrito ao gramado, onde integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Revoltados On line estão acampados há mais de um mês. No início da manhã, agentes da Polícia Federal Legislativa fizeram uma varredura nas barracas e recolheram material que poderiam servir de arma, como hastes de bandeira e facas de cozinha.
Nilton Caccaos, do movimento Avança Brasil, afirma que a revista é normal. “Sabemos que é por nossa segurança. Queremos um ato pacífico. Mas nossa intenção é entrar no Congresso, nem que seja de forma simbólica”. Eles aguardam cinco mil manifestantes.
Mais cedo, crianças entregaram flores aos policiais, indicando que a manifestação poderia transcorrer sem confronto. Mas não foi isso o que ocorreu.
Além de Brasília, há atos programados para outras capitais do País, mas a expectativa é de uma adesão bem menor em relação aos protestos anteriores – em março, abril e agosto -, no momento em que a investida pelo impedimento da presidente sofre um refluxo nas instâncias formais e as atenções se voltam para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
O peemedebista, no entanto, não deverá ser o foco dos manifestantes, que preferem manter a pauta do impeachment de Dilma.
De acordo com Renan Santos, um dos líderes do MBL, a estratégia agora é a realização de ações pontuais. “Nós fizemos as três maiores manifestações do Brasil. Não precisamos fazer uma quarta para mostrar que as pessoas estão indignadas”, disse. “O que precisamos é de pressão direta sobre os parlamentares. Não é uma mudança de intensidade. É de natureza mesmo.”
Fotos: Felipe Menezes/Metrópoles
Fotos: Felipe Menezes/Metrópoles
O ato em Brasília vai contar com dois trios elétricos. Um boneco inflável que faz alusão à presidente será levado para o local. Segundo a porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, Carla Zambelli, líderes de outros grupos anti-Dilma e organizadores da greve dos caminhoneiros vão participar do protesto.
As primas Elizabeth Pinheiros, de 58 anos, e Diana Pinheiro, 62, vieram de Fortaleza (CE) para a manifestação. Para elas, é preciso mudança. “Esse sistema político é insustentável. Não dá para os políticos viverem de mordomias enquanto o povo sofre. Não somos a favor do regime militar, mas as alternativas democráticas estão se esgotando”, diz Elizabeth. “Estou realizando um sonho de lutar pelo meu país e pelo futuro dos meus netos”, completa Diana.
De acordo Jailton Almeida, porta-voz do Vem Pra Rua, o movimento pretende colher assinaturas de apoio ao projeto do Ministério Público Federal com 10 medidas de combate à corrupção. A ideia, explica Almeida, é recolher 1,5 milhão de apoiamentos, para apresentar a proposta como projeto de iniciativa popular. Até o momento, ele afirma que já foram colhidas 600 mil assinaturas.
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