Você sabia que os gatos podem contrair AIDS? Poucas gente sabe, mas a doença também pode afetar os bichanos! O VFI (Vírus da Imunodeficiência Felina) ou AIDS Felina é causado por um vírus que leva a deficiência do sistema imunológico dos gatos e os predispõe a algumas doenças infecciosas.
De acordo com o Drº Cléber Fontana, veterinário e diretor
clínico do hospital Pet Care, a forma mais comum de transmissão é por
meio das brigas, especialmente através de mordidas. “Também pode ocorrer
durante transfusões de sangue, em que o sangue está contaminado, ou de
mãe para filhote durante o parto ou amamentação”, explica.
A doença, de maneira geral, apresenta
estágios diferentes. Existe a fase aguda, que ocorre com 4 ou 5 semanas
pós-infecção, podendo durar de meses a semanas. A fase assintomática
(latência), que pode durar anos, e a fase mais complexa, na qual o
animal contrai diversas doenças secundárias, seguindo para o estágio
final da infecção.
A transmissão do vírus ocorre apenas
entre gatos e não é uma doença hereditária, porém, em alguns felinos
selvagens, ela pode acontecer com mais facilidade. “O material genético do vírus pode ser incorporado em seu genoma e ser transmitido aos seus descendentes.”, completa.
Sintomas da AIDS em gatos
Geralmente, os gatos infectados chegam a
ter uma aparência saudável por vários anos e os sintomas demoram a
aparecer. “Eles podem estar relacionados à doença em si ou às doenças
secundárias, que incluem má qualidade do pelo, febre, falta de apetite,
diarreia, inflamação da mucosa oral (gengivite/estomatite), doenças
oftalmológicas, alterações neurológicas entre outros”, destaca o especialista.
Entretanto, segundo estudos mais
recentes, por mais que o animal demore a mostrar os sintomas, a doença
pode ser fatal, de 15 a 45% dos casos, e isso dependerá muito do estilo
de vida do animal, das doenças em que ele é exposto, entre outros
fatores.
Como proteger meu gatinho?
A maneira mais segura de prevenir doenças como o VIF é evitar que o felino tenha acesso
às ruas, para que não seja exposto a brigas com animais possivelmente
infectados. Além disso, é importante testar as bolsas de sangue antes de
realizar qualquer transfusão sanguínea.
Para o veterinário, não existe uma raça
específica que contraia o vírus com maior facilidade. “A epidemiologia
da doença está mais relacionada ao sexo, estilo de vida e idade do
animal. Machos adultos e não castrados são os que compõem o grupo de
maior risco”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário