Posted: 16 Dec 2015 12:48 PM PST
Ficou
claro que a cúpula do PMDB foi alvo principal da Operação Catilinárias
(alusão ao general romano Catilina que tentou derrubar o senado e a
república). De imediato, ao ter seus principais aliados atingidos, o
maçom inglês Michel Temer, que conspira abertamente para tomar o lugar
de Dilma Rousseff, foi o grande afetado com as 53 ações de busca a
apreensão feitas pela Polícia Federal, com autorização do Supremo
Tribunal Federal. Aparentemente, quem se beneficiou foi o agonizante,
insustentável e insuportável desgoverno - que tenta ganhar tempo, a
qualquer custo, para não ruir completamente.
A "Operação PMDB" (nome mais correto) atingiu, fatalmente, Eduardo Cunha, a cada instante sem condições de continua presidindo a Câmara dos Deputados. Também acertou em Renan Calheiros, que não foi alvo de buscar, mas teve três pessoas ligadíssimas a ele devassadas pela PF. Com eles cercados, Michel Temer também ficou sitiado. Por isso, a ação ficou com jeitinho de uma conspiração deflagrada com a anuência do Palhasso do Planalto. A dúvida fica no ar. Foi gerada pela longa demora do STF em autorizar a detonação contra políticos enrolados em sete processos derivados da Lava Jato. Demorou, porém abalou...
A Catilinárias escancarou ainda mais o impasse que ruma para uma ruptura institucional. Independentemente das muitas burradas e crimes cometidos pela má gestão da Dilma, fica no ar aquela cínica indagação: que moral tem um Congresso, com tantos políticos sob suspeita, para pedir o impedimento da Presidenta da República? O certo e ideal para o Brasil seria um impeachment geral de toda a classe política, começando tudo de novo. A Câmara e o Senado, com a atual composição, estaria mais apropriada para formar vários times de futebol em diversas penitenciárias. A estrutura política foi irremediavelmente corrompida pelos esquemas do crime organizado.
A Operação Catilinárias servirá de pretexto para que o processo de impeachment de Dilma sofra uma parada brusca e recomece do zero. Esta é a tendência de "definição de rito" a ser adotada pelo STF. Existem grandes chances de que a decisão final só ocorra em fevereiro. Algum ministro deve pedir vista do caso, postergando a solução. Enquanto isso, o cerco a Dilma se aperta. A presidenta saiu derrotada no Tribunal Superior Eleitoral, que negou o recurso sobre as prestações de contas de 2014. O problema pode acabar impugnando a chapa Dilma-Temer.
Quem fica apertadinho, também, é Luiz Inácio Lula da Silva. O amigão dele, José Carlos Bumlai, é agora réu na Lava Jato. Lula agora tem a preocupação concreta de que as sujeiras da Lava Jato podem comprometê-lo - apesar das insistentes negativas de que não sabe de nada e que nunca se envolveu em picaretagens. Lula também já tem certeza de que vão atingi-lo ampliando a investigação sobre as milionárias consultorias dadas por pelo menos um de seus filhos. A bronca pode estourar agora, ou depois das férias e recesso parlamentar-judiciário, no começo do ano. A ansiedade é cruel.
O ministro Edson Fachin, relator do rito de impeachment no STF, produziu um voto que, se for acompanhado pela maioria dos 11 ministros, representará uma grande derrota para Dilma no cadafalso. Vários pontos do parecer de Fachin são uma tragédia para a Presidenta. Ele pregou que o Senado não pode barrar a instauração do procedimento. Confirmou a votação secreta para a formação da comissão na Câmara. Negou o pedido de afastamento do deputado Eduardo Cunha da comissão. Argumentou a favor do afastamento de Dilma quando o processo for instaurado na Câmara. Por fim, rejeitou a ausência de defesa prévia de Dilma. Nesta quinta-feira, prossegue a votação no STF. Se alguém pedir vista, o caso só se resolve em fevereiro, depois do recesso parlamentar e judiciário.
É bem mais útil se os brasileiros prestassem atenção no que falou ontem um dos heróis do esporta brasileiro. O tenista Gustavo Kuerten, o Guga, aproveitou a entrega do Prêmio Brasil Olímpico para detonar: “Peço aos nossos representantes, ao governo, a todos do poder público, que olhem para dentro desta sala e se espelhem. Por favor, sejam justos, sejam honestos, sejam brasileiros de verdade. Esqueçam partidos, panelinhas e todo o resto”.
Guga mandou bem. Poderia pedir o que já temos pedido por aqui para solucionar e mudar o Brasil. Intervenção Constitucional, pelo poder instituinte do cidadão, com eleição para todos os cargos públicos de direção, através do voto distrital e "recall" para o próprio eleitor afastar, em tempo hábil, quem não presta para a função pública. O Brasil deve abraçar um Federalismo de verdade. Assim dá para começar a Revolução Brasileira. O resto, de bom, vem como consequência natural.
Esperando companheiros de cela
Pixuleco bem acompanhado
A "Operação PMDB" (nome mais correto) atingiu, fatalmente, Eduardo Cunha, a cada instante sem condições de continua presidindo a Câmara dos Deputados. Também acertou em Renan Calheiros, que não foi alvo de buscar, mas teve três pessoas ligadíssimas a ele devassadas pela PF. Com eles cercados, Michel Temer também ficou sitiado. Por isso, a ação ficou com jeitinho de uma conspiração deflagrada com a anuência do Palhasso do Planalto. A dúvida fica no ar. Foi gerada pela longa demora do STF em autorizar a detonação contra políticos enrolados em sete processos derivados da Lava Jato. Demorou, porém abalou...
A Catilinárias escancarou ainda mais o impasse que ruma para uma ruptura institucional. Independentemente das muitas burradas e crimes cometidos pela má gestão da Dilma, fica no ar aquela cínica indagação: que moral tem um Congresso, com tantos políticos sob suspeita, para pedir o impedimento da Presidenta da República? O certo e ideal para o Brasil seria um impeachment geral de toda a classe política, começando tudo de novo. A Câmara e o Senado, com a atual composição, estaria mais apropriada para formar vários times de futebol em diversas penitenciárias. A estrutura política foi irremediavelmente corrompida pelos esquemas do crime organizado.
A Operação Catilinárias servirá de pretexto para que o processo de impeachment de Dilma sofra uma parada brusca e recomece do zero. Esta é a tendência de "definição de rito" a ser adotada pelo STF. Existem grandes chances de que a decisão final só ocorra em fevereiro. Algum ministro deve pedir vista do caso, postergando a solução. Enquanto isso, o cerco a Dilma se aperta. A presidenta saiu derrotada no Tribunal Superior Eleitoral, que negou o recurso sobre as prestações de contas de 2014. O problema pode acabar impugnando a chapa Dilma-Temer.
Quem fica apertadinho, também, é Luiz Inácio Lula da Silva. O amigão dele, José Carlos Bumlai, é agora réu na Lava Jato. Lula agora tem a preocupação concreta de que as sujeiras da Lava Jato podem comprometê-lo - apesar das insistentes negativas de que não sabe de nada e que nunca se envolveu em picaretagens. Lula também já tem certeza de que vão atingi-lo ampliando a investigação sobre as milionárias consultorias dadas por pelo menos um de seus filhos. A bronca pode estourar agora, ou depois das férias e recesso parlamentar-judiciário, no começo do ano. A ansiedade é cruel.
O ministro Edson Fachin, relator do rito de impeachment no STF, produziu um voto que, se for acompanhado pela maioria dos 11 ministros, representará uma grande derrota para Dilma no cadafalso. Vários pontos do parecer de Fachin são uma tragédia para a Presidenta. Ele pregou que o Senado não pode barrar a instauração do procedimento. Confirmou a votação secreta para a formação da comissão na Câmara. Negou o pedido de afastamento do deputado Eduardo Cunha da comissão. Argumentou a favor do afastamento de Dilma quando o processo for instaurado na Câmara. Por fim, rejeitou a ausência de defesa prévia de Dilma. Nesta quinta-feira, prossegue a votação no STF. Se alguém pedir vista, o caso só se resolve em fevereiro, depois do recesso parlamentar e judiciário.
É bem mais útil se os brasileiros prestassem atenção no que falou ontem um dos heróis do esporta brasileiro. O tenista Gustavo Kuerten, o Guga, aproveitou a entrega do Prêmio Brasil Olímpico para detonar: “Peço aos nossos representantes, ao governo, a todos do poder público, que olhem para dentro desta sala e se espelhem. Por favor, sejam justos, sejam honestos, sejam brasileiros de verdade. Esqueçam partidos, panelinhas e todo o resto”.
Guga mandou bem. Poderia pedir o que já temos pedido por aqui para solucionar e mudar o Brasil. Intervenção Constitucional, pelo poder instituinte do cidadão, com eleição para todos os cargos públicos de direção, através do voto distrital e "recall" para o próprio eleitor afastar, em tempo hábil, quem não presta para a função pública. O Brasil deve abraçar um Federalismo de verdade. Assim dá para começar a Revolução Brasileira. O resto, de bom, vem como consequência natural.
Esperando companheiros de cela
Pixuleco bem acompanhado
Nenhum comentário:
Postar um comentário