Ex-diretor da Petrobras destaca que o senador alagoano é “muito esbanjador”. Defesa de Collor afirma que vazamento parcial “é ilegal e busca covardemente verificar alvos escolhidos junto à opinião pública”
Em declaração preliminar à delação premiada, o ex-diretor da
área internacional da Petrobrás Nestor Cerveró citou o senador Fernando
Collor (PTB-AL) nos seguintes termos: “O negócio do Collor é dinheiro,
ele não arrecada para partido, mas para ele mesmo”. A informação foi
publicada nesta quarta-feira (20) pelo Estado de S. Paulo.
O documento foi entregue ao Ministério Público Federal e também afirma que Cerveró estudou com Collor no Rio de Janeiro. “Sabe que o mesmo é rico de família e muito esbanjador.”
O ex-diretor da Petrobras aponta Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor, como operador de propinas do parlamentar alagoano.
“Soube através de Pedro Paulo Ramos, que foi pago propina e que foi repassado para Collor, pelo próprio Pedro Paulo Ramos, mas não sabe precisar o valor correto. Mas em certa oportunidade, Pedro Paulo Ramos mostrou uma tabela de valores mensais para Fernando Collor, que chegava, na margem de milhões de reais.”
Nestor Cerveró, que foi diretor financeiro da BR Distribuidora após sair da Petrobras, ainda destaca que foram realizadas licitações direcionadas para a UTC construir bases de tancagem e armazenamento para a subsidiária.
“Assim, aprovadas as construções, foram realizadas licitações – todas direcionadas – sendo que a UTC restou como ganhadora e construiu as bases de Porto Nacional /TO, base do Acre e uma reforma de outra base da qual não se recorda o nome. A diretoria responsável pela construção das bases era a diretoria de Engenharia e Serviços, cujo diretor era José Zonis, indicado pelo senador Fernando Collor”, afirmou.
“Zonis em outras oportunidades comentou que Collor sempre cobrava propina dos negócios relacionados a diretoria dele, sendo que inclusive Zonis foi substituído por Vilson por determinação de Collor, já que não atendeu a todas as demandas do senador”, informou Cerveró.
O senador Fernando Collor foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O parlamentar ainda é alvo de outros dois inquéritos sobre o tema.
Procurada pelo Estadão, a defesa de Collor afirmou: “O vazamento parcial de declarações atribuídas a Nestor Cerveró é ilegal e busca covardemente verificar alvos escolhidos junto à opinião pública. O senador Fernando Collor não teve qualquer participação ou ingerência em processos internos e licitações realizadas pela BR Distribuidora, bem como jamais recebeu recursos ilícitos da UTC, nem diretamente nem por interposta pessoa.”
Confira a íntegra da matéria do Estadão
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/o-negocio-do-collor-e-dinheiro-afirma-cervero/
O documento foi entregue ao Ministério Público Federal e também afirma que Cerveró estudou com Collor no Rio de Janeiro. “Sabe que o mesmo é rico de família e muito esbanjador.”
O ex-diretor da Petrobras aponta Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor, como operador de propinas do parlamentar alagoano.
“Soube através de Pedro Paulo Ramos, que foi pago propina e que foi repassado para Collor, pelo próprio Pedro Paulo Ramos, mas não sabe precisar o valor correto. Mas em certa oportunidade, Pedro Paulo Ramos mostrou uma tabela de valores mensais para Fernando Collor, que chegava, na margem de milhões de reais.”
Nestor Cerveró, que foi diretor financeiro da BR Distribuidora após sair da Petrobras, ainda destaca que foram realizadas licitações direcionadas para a UTC construir bases de tancagem e armazenamento para a subsidiária.
“Assim, aprovadas as construções, foram realizadas licitações – todas direcionadas – sendo que a UTC restou como ganhadora e construiu as bases de Porto Nacional /TO, base do Acre e uma reforma de outra base da qual não se recorda o nome. A diretoria responsável pela construção das bases era a diretoria de Engenharia e Serviços, cujo diretor era José Zonis, indicado pelo senador Fernando Collor”, afirmou.
“Zonis em outras oportunidades comentou que Collor sempre cobrava propina dos negócios relacionados a diretoria dele, sendo que inclusive Zonis foi substituído por Vilson por determinação de Collor, já que não atendeu a todas as demandas do senador”, informou Cerveró.
O senador Fernando Collor foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O parlamentar ainda é alvo de outros dois inquéritos sobre o tema.
Procurada pelo Estadão, a defesa de Collor afirmou: “O vazamento parcial de declarações atribuídas a Nestor Cerveró é ilegal e busca covardemente verificar alvos escolhidos junto à opinião pública. O senador Fernando Collor não teve qualquer participação ou ingerência em processos internos e licitações realizadas pela BR Distribuidora, bem como jamais recebeu recursos ilícitos da UTC, nem diretamente nem por interposta pessoa.”
Confira a íntegra da matéria do Estadão
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/o-negocio-do-collor-e-dinheiro-afirma-cervero/
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